ATA DA VIGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 15-4-2009.

 


Aos quinze dias do mês de abril do ano de dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Beto Moesch, DJ Cassiá, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Cláudio Conceição, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Ervino Besson, Fernanda Melchionna, Ismael Heinen, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal. MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de Resolução nº 010/09 (Processo nº 1781/09); pelo Vereador Adeli Sell, o Projeto de Lei do Legislativo nº 055/09 (Processo nº 1538/09); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 010/09 (Processo nº 1533/09); pelo Vereador João Bosco Vaz, o Projeto de Lei do Legislativo nº 286/08 (Processo nº 7041/08); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 059/09 (Processo nº 1595/09); pelo Vereador Marcello Chiodo, o Projeto de Lei do Legislativo nº 047/09 (Processo nº 1354/09); pelo Vereador Valter Nagelstein, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/09 (Processo nº 0614/09); pelo Vereador Waldir Canal, o Projeto de Lei do Legislativo n° 012/09 (Processo nº 0674/09). Também, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Alceu Brasinha, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Legislativo nº 209/08 (Processo nº 4984/08). Após, foram apregoados Requerimentos de autoria dos Vereadores Aldacir José Oliboni e DJ Cassiá, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no período do dia de hoje, às dezoito horas, com retorno no dia de amanhã, em audiência com o Senhor Eliezer Moreira Pacheco, Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, a ser realizada no dia de amanhã, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 856/09, da Senhora Fernanda Almeida Cappelini, Supervisora de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal – CEF –; 908/09, do Senhor Eduardo Speggiorin, Gerente de Desenvolvimento Urbano da CEF; 976/09, da Senhora Jaqueline Maria Damo, Gerente de Desenvolvimento Urbano da CEF; 779/09, da Senhora Lia Segaglio de Figueiredo, Superintendente Regional da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária – INFRAERO. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Primeira, Segunda, Terceira, Quarta, Quinta, Sexta, Sétima, Oitava, Décima, Décima Primeira, Décima Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta e Décima Quinta Sessões Ordinárias, Primeira, Segunda e Terceira Sessões Extraordinárias e a Ata Declaratória da Nona Sessão Ordinária. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Reginaldo Pujol, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias de hoje e amanhã, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Ismael Heinen, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, informando o impedimento do Suplente Newton Braga Rosa em assumir a vereança nos dia de hoje e amanhã, em substituição ao Vereador Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o Vereador Luiz Braz. Na oportunidade, o Vereador Valter Nagelstein formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando cópia do pronunciamento realizado pelo Vereador Luiz Braz, em Comunicação de Líder. Em prosseguimento, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador João Antonio Dib, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias de hoje e amanhã, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Cláudio Conceição, após a entrega de seu Diploma e Declaração de Bens, bem como a prestação do compromisso legal e indicação do Nome Parlamentar, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, informando o impedimento do Suplente Newton Braga Rosa em assumir a vereança nos dia de hoje e amanhã, em substituição a Sua Excelência. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Cláudio Conceição, que se pronunciou nos termos do § 8º do artigo 12 do Regimento. A seguir, o Senhor Presidente convidou todos os Vereadores para reunião conjunta das Comissões Permanentes a ocorrer amanhã, às nove horas, tendo como tema a expansão dos prédios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS –, e para visita a ser realizada por integrantes deste Legislativo no dia dezessete de abril do corrente, no Bairro Rubem Berta. Após, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Tarciso Flecha Negra, solicitando o adiamento, por cinco Sessões, da discussão do Projeto de Lei do Executivo nº 030/08 (Processo nº 4034/08). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/07, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Carlos Todeschini, Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Ismael Heinen, Beto Moesch, Engenheiro Comassetto, Luiz Braz, Mauro Zacher e Ervino Besson e pela Vereadora Sofia Cavedon, teve sua discussão adiada por quatro Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Carlos Todeschini. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/07, os Vereadores Pedro Ruas e João Pancinha cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos Vereadores Adeli Sell e Beto Moesch. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do ex-Vereador Jocelin Azambuja. Ainda, o Vereador Nilo Santos manifestou-se acerca do tempo utilizado pelos Senhores Vereadores na discussão e encaminhamento à votação de processos. Também, o Vereador Aldacir José Oliboni manifestou-se acerca de audiência com o Secretário Eliezer Moreira Pacheco, da qual participarão amanhã Sua Excelência e o Vereador DJ Cassiá, em representação externa deste Legislativo. Após, foi apregoada a Emenda nº 02, de autoria do Vereador Pedro Ruas, Líder da Bancada do PSOL, ao Projeto de Lei do Executivo nº 020/07 (Processo nº 7782/07), e foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Fernanda Melchionna, solicitando que a referida Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foram apreciados o Projeto de Lei do Executivo nº 020/07 e as Emendas nos 01 e 02 apostas, após terem sido foram encaminhados à votação pela Vereadora Fernanda Melchionna e pelo Vereador Airto Ferronato. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 020/07. Foi rejeitada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 020/07, por doze votos SIM, dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Valter Nagelstein, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra, votado Não os Vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Cláudio Conceição, DJ Cassiá, Dr. Raul, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ismael Heinen, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mario Manfro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Sebastião Melo, Toni Proença e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção o Vereador Dr. Thiago Duarte. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 020/07, por trinta e dois votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Valter Nagelstein, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Cláudio Conceição, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Ismael Heinen, João Pancinha, Juliana Brizola, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Na oportunidade, o Vereador Dr. Thiago Duarte manifestou-se acerca dos motivos que o levaram a optar pela Abstenção na votação da Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 020/09. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Sebastião Melo, solicitando a votação conjunta dos Projetos de Lei do Executivo nos 045 e 048/08. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do Executivo nos 045 e 048/08. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 026/07. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 019/08, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Ismael Heinen, Valter Nagelstein e Engenheiro Comassetto, teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Adeli Sell. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Vereador Francisco Belarmino Dias, da Câmara Municipal de Cachoeirinha – RS. Ainda, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação, nesta Casa, do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 019/08, tendo se manifestado a respeito os Vereadores Engenheiro Comassetto e Valter Nagelstein. A seguir, a Vereadora Sofia Cavedon registrou providências tomadas pela Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude acerca da crise hoje vivenciada pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA –, tendo-se manifestado a respeito o Vereador Dr. Raul e a Vereadora Sofia Cavedon. Após, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os Vereadores Dr. Thiago Duarte, Ismael Heinen, Alceu Brasinha, Maria Celeste, Dr. Raul, Toni Proença e Airto Ferronato. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, manifestou-se o Vereador Adeli Sell. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 009 e 004/09, este discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Mauro Pinheiro e Engenheiro Comassetto, os Projetos de Lei do Legislativo nos 041, 042, 044 e 048/09, o Projeto de Lei do Executivo nº 008/09, discutido pelo Vereador Carlos Todeschini; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/09, discutido pelo Vereador Engenheiro Comassetto, os Projetos de Lei do Legislativo nos 028, 029 e 035/09. Às dezessete horas e cinqüenta e quatro minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Adeli Sell e Toni Proença e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Reginaldo Pujol solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 15.04.2009 a 16.04.2009. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Ismael Heinen, que integrará a Comissão de Constituição e Justiça, em função da impossibilidade de o Suplente Newton Braga Rosa assumir a Vereança.

Para a Ordem do Dia, Srs. Vereadores, temos os seguintes Projetos: PLCL nº 024/07; o PLE nº 020/07; o PLE nº 045/08; o PLE nº 048/08; o PLE nº 030/08; PLCL nº 026/07; PLCL nº 019/08. Esta é a ordem dos trabalhos de hoje.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores; Sras Vereadoras; senhoras e senhores, meu amigo Líder do Governo, Ver. Valter Nagelstein, a minha mensagem, hoje, diz muito respeito ao trabalho de V. Exª, que eu julgo excelente - repito mais uma vez -, fazendo a ligação dos Vereadores desta Casa com o Executivo Municipal, trazendo a vontade do Governo para expressá-la aqui, na nossa Câmara de Vereadores.

Eu acredito, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meu caro Líder do Governo, que todos nós, Vereadores, temos uma necessidade de estar em contato permanente com as Secretarias e com os órgãos da Administração Indireta do Governo Municipal. Por isso, os Diretores e Secretários desses órgãos têm que estar sempre predispostos a facilitar o trabalho do Vereador, porque esta é a função do Vereador: fiscalizar, ir até lá para poder inteirar-se daquilo que está acontecendo dentro das Secretarias ou dentro das Diretorias. Pela primeira vez, nesta semana, aconteceu um fato com este Vereador que eu faço questão de registrar. Havia uma audiência na SMT, e fui até para tratar de um assunto ligado ao Município de Porto Alegre. Como sempre acontece, cheguei ao portão da Secretaria para deixar o meu carro, no pátio de estacionamento da Secretaria - e o pátio estava vazio. Por incrível que possa acontecer, a ordem que existia na porta é que os Vereadores não teriam direito de usar a garagem da Secretaria. Depois que eu consegui adentrar, falando com um dos Diretores, o Sr. Michel, ponderei a ele: “O pátio está vazio, não há carros estacionados! Por que o Vereador, que é fiscal do Município, não pode entrar e colocar ali o seu automóvel e realizar o trabalho que tem que fazer em nome da população?” Aí, depois de algumas ponderações - inclusive uma extremamente absurda que dizia: “Ah, não, o senhor tem que avisar antes!” -, eu disse: “Mas eu estou com audiência marcada! Audiência marcada não vale como aviso?” Ou os Diretores da EPTC não levam em consideração as audiências que são marcadas pelos Vereadores?

Então, eu acho que cabe ao Líder do Governo, ao Ver. Valter Nagelstein, que - mais uma vez eu reafirmo -, tem feito um bom trabalho aqui nesta Casa, mas eu estou pedindo a ele que solicite aos Diretores e Secretários que ajam exatamente como o Prefeito age com todos nós! O Prefeito, o Sr. Fogaça, faz questão de receber os Vereadores quase que imediatamente após o pedido do Vereador; ele procura facilitar a ida do Vereador até a Secretária. Agora, na SMT, infelizmente, não é a primeira vez que existe uma dificuldade enorme para que algum Vereador desta Casa faça contatos lá naquela Secretaria. Eu acho que nem nós, que somos apoiadores do Governo, nem a oposição podemos ser tratados dessa forma. Lá no DEP, ou na Secretaria Municipal dos Transportes, ou na SMOV, ou seja lá onde for, o Vereador tem que ser tratado de uma forma prioritária, porque, afinal de contas, a fiscalização que nós vamos exercer lá é do interesse da comunidade, é do interesse da população, Ver. Nilo Santos. O Ver. Ervino também manifesta que teve esse desconforto. Então, não podemos conceber que as Secretarias estejam agindo dessa forma. Eu não tenho, e não vou ter - porque, afinal de contas, essa não é a minha função - nenhuma má vontade com relação a nenhuma das Secretarias e Diretorias, mas eu acredito que essas pessoas que estão exercendo cargos de Diretores na SMT têm que acordar uma hora; têm que ver que eles não estão numa empresa privada, que eles estão lá em função também da comunidade, e que eles têm obrigação de receber esta Casa. Então, é o pedido que lhe faço, porque tenho certeza de que V. Exª tem capacidade e competência para resolver este entrave que é colocado na ação do Vereador, principalmente com relação àquela Secretaria.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro as notas taquigráficas do pronunciamento do Ver. Luiz Braz, para que eu possa fazer, imediatamente, o encaminhamento da questão ao Sr. Prefeito Municipal, porque é inadmissível esse tipo de postura com o Ver. Luiz Braz, com o Ver. Ervino Besson ou com qualquer Vereador desta Casa que estão no estrito cumprimento de suas funções legais. Muito obrigado, Sr. Presidente

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Eu solicito ao sempre atento Diretor Legislativo que solicite, de imediato, as notas taquigráficas, sem revisão, para que chegue ainda hoje um ofício da Presidência desta Casa ao Sr. Prefeito Municipal.

Srs. Vereadores, o Ver. João Antonio Dib solicita Licença para Tratamento de Saúde, do dia 15 de abril ao dia 16 de abril de 2009; anexa está a declaração de impedimento do Ver. Newton Braga Rosa. Assume, portanto, o Vereador Suplente Cláudio Conceição.

O Ver. Cláudio Conceição assumirá em substituição ao Ver. João Antonio Dib. Solicito ao Ver. Cláudio Conceição que entregue seu Diploma e a Declaração de Bens a esta Mesa.

 

(Procede-se à entrega do Diploma e da Declaração de Bens.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito que os presentes, em pé, ouçam o termo de compromisso que o Ver. Cláudio Conceição prestará a seguir.

 

O SR. CLÁUDIO CONCEIÇÃO: "Prometo cumprir a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, defender a autonomia municipal, exercer com honra, lealdade e dedicação o mandato que me foi conferido pelo povo". (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Declaro empossado o Suplente, Ver. Cláudio Conceição. O nome de V. Exª já está aqui consignado, Ver. Cláudio Conceição. V. Exª integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul. Parabéns, Vereador!

O Ver. Cláudio Conceição pode-se manifestar, conforme art. 12, do Regimento.

O Ver. Cláudio Conceição está com a palavra.

 

O SR. CLÁUDIO CONCEIÇÃO: Eu queria cumprimentar o Presidente da Câmara, Ver. Sebastião Melo; os Vereadores e as Vereadoras presentes, e manifestar também a minha honra em estar substituindo o Ver. João Antonio Dib, uma lenda viva da política porto-alegrense. Quero agradecer também a liberação do Vereador-Suplente Newton Braga Rosa, que nos cedeu este espaço para que pudéssemos ocupar este lugar tão digno. Sinto-me honrado por fazer parte do grupo das pessoas eleitas no último pleito, e hoje, com muita alegria, ocupar este curto espaço, para exercer com muita dignidade e lealdade, como foi referido no juramento.

Quero mencionar também o nosso colega de Partido, Jocelin Azambuja, que me dá a honra de estar aqui testemunhando este momento de conquista e de alegria. Objetivamente, eu queria manifestar a minha gratidão e a minha honra por estar ocupando este espaço de decisão na política de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, eu quero a atenção dos senhores para duas agendas. Amanhã, às 9 horas, receberemos toda a Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul para tratar de um tema muito importante para a Cidade, que é expansão do campus da UFRGS e também da sede da Universidade. Nós convidamos vários membros do Governo para estarem presentes, e quero ratificar o convite a todos os Vereadores para essa agenda.

Segundo, o Ver. Paulinho Ruben Berta fez um Requerimento à Mesa, e creio que já tenha falado com todos os colegas Vereadores, para uma caminhada lá no Rubem Berta, na sexta-feira. Em nome da Mesa, reitero o convite do Vereador. Nós vamos disponibilizar meios de transporte, para os Vereadores que quiserem acompanhar o Ver. Paulinho Ruben Berta, e equipamentos da Casa para bem-fiscalizar os atos da Cidade. É só combinar com o Gabinete do Vereador, para que esse evento ocorra da forma mais razoável.

 Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 7923/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 024/07, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que institui o Programa de Substituição Progressiva da Utilização do Óleo Diesel Convencional e da Mistura Óleo Diesel/Biodiesel – B2 – pelo Biodiesel – B100 – nos Ônibus e nos Lotações do Sistema de Transporte Público de Passageiros de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto(empatado);

- da CUTHAB. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relatora Verª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLCL nº 024/07, de autoria do Ver. Carlos Todeschini. O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, pessoas que nos acompanham nas galerias, assistência da TVCâmara, e aos ouvintes da rádio Câmara também o nosso boa-tarde. Já iniciei aqui uma discussão na segunda-feira sobre este Projeto que amplia a mistura do B2 para o B100, progressivamente, conforme a tecnologia dos motores vier a aceitar a mudança e a ampliação da mistura.

É importante que se diga que em 2005, Srs. Vereadores, nós fomos pioneiros em Porto Alegre, quando aprovamos o B2, no protagonismo nacional, porque foi a primeira norma institucional que recomendou o uso do biodiesel. Em seguida, a Petrobras passou também a misturar no seu combustível, de forma obrigatória, o B2, tornando isso uma norma nacional. Hoje está no B3, com possibilidade de ir para o B4, em 2011, ou o para o B5, talvez, em plano nacional. Mas no Rio Grande do Sul nós temos uma situação muito especial, que é o pioneirismo na produção do biodiesel, porque aqui nos temos boas empresas estruturadas e que darão conta da demanda do mercado. Isso é um fator altamente positivo porque nós lideramos essa tecnologia em plano nacional, assim como foi o nascedouro da tecnologia da concepção dos motores movidos a diesel, no início do século passado, entre os anos 1900, 1910, quando Rudolf Diesel inventou o motor diesel movido a óleo de amendoim. Depois, pelas vantagens, pela comodidade e pelo baixo custo do diesel fóssil, originário do petróleo, passou-se então a substituir-se em larga escala o uso dos combustíveis de origem agrícola, o biodiesel original, pelo diesel fóssil originário do petróleo.

No entanto, hoje, há uma alteração significativa, porque temos todo o problema relacionado ao aquecimento global, e quanto mais biocombustíveis usarmos, melhor. Já temos o álcool, cujo extraordinário programa o Brasil é carro-chefe, é referência, é modelo, tanto na produção como na geração de tecnologias que mobilizem a frota.

Em segundo lugar, temos uma grande quantidade de oleaginosas, que muitas vezes têm o mercado estrangulado, portanto, dessa forma, estamos criando um mercado alternativo para a produção do diesel vegetal, dando possibilidade para mais empregos, diminuindo a importação de diesel, de petróleo, já que há uma necessidade muito grande - pois o País exporta gasolina, mas importa diesel e petróleo -, produzindo efeitos benéficos para o meio ambiente. É sabido que as cidades são grandes ilhas de calor devido principalmente à concentração de transporte dos veículos pesados, e quanto mais produzirmos biocombustíveis, combustíveis limpos como o GNV e o biodiesel, melhor para todos, melhor para os agricultores, melhor para a economia, melhor para o País, e muito melhor para a saúde pública, porque o biocombustível vai ao encontro da produção menor de compostos de enxofre, menos particulados, que são causadores de alergias.

Estamos aqui para pedir o apoio e a aprovação deste Projeto, e também agradecendo a Emenda do Ver. Beto Moesch, que contribui para aperfeiçoar aqui um artigo importante. Quero agradecer por sua Emenda, Ver. Beto Moesch, porque isso é desejável, é bom para a Cidade, para a economia, para o meio ambiente e para todos aqueles que trabalham para que tenhamos um mundo mais limpo, um mundo mais sustentável, uma vida mais duradoura a todos os seres vivos, em especial aos seres humanos. Obrigado pela atenção de todos vocês.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA (Requerimento): Peço o adiamento da discussão do PLE nº 030/08, por cinco Sessões. Este Projeto refere-se a uma praça na Rua Landell de Moura, onde eu trabalho há 15 anos e só existe essa praça como lazer, ela está sendo ocupada, e o Executivo quer passar essa praça para outra, para ser ocupada; e nós não podemos votar, dar um sim, aqui, para ocupar uma praça onde ainda tem um lazer para essas crianças. Então, eu peço o adiamento da discussão do PLE n° 030/08 por cinco Sessões, para que eu possa conversar com aquele povo da Landell de Moura, para ver qual é a posição deles, para que a gente possa votar no melhor para Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra, solicitando adiamento de discussão, por cinco Sessões, do PLE nº 030/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, senhoras e senhores que acompanham esta Sessão nesta tarde, quero também saudar os trabalhadores da arte que têm acompanhado, muitas vezes, as nossas Sessões, fazendo as suas justas demandas.

Vou aproveitar o Projeto do Ver. Todeschini, para levantar algumas questões sobre a necessidade de nós termos mais ousadia na questão ambiental em Porto Alegre.

Nós trocarmos o combustível tradicional pelo biodiesel é um avanço significativo. Eu fiz, e continuo fazendo um esforço para que a municipalidade faça - e fez - com que haja a coleta de óleo de fritura. Já há coleta nas capatazias e em algumas escolas municipais, e há um posto avançado aqui na Câmara Municipal, Ver. Brasinha, V. Exª que trata dessas questões também. Nós poderíamos estar transformando o óleo de fritura, que polui enormemente o nosso Guaíba e outros riachos da Cidade, toda a nossa rede, para um reaproveitamento em biodiesel e em outras questões como, por exemplo, para material de limpeza.

O Ver. Todeschini propõe algo extremamente avançado e radical, que é a substituição do óleo tradicional, utilizado nos nossos ônibus e nos lotações para a modalidade de biodiesel, e que poderia, sem dúvida nenhuma, trazer uma enorme alavancagem de sustentabilidade à Prefeitura de Porto Alegre. Por isso é que nós queremos nos somar a este debate.

Talvez alguns argumentarão que este Projeto é inconstitucional, e, sem dúvida nenhuma, elementos vão ser buscados para tal. Mas eu quero dizer que a Câmara de Vereadores tem o papel de legislar sobre as questões de interesse público local. E, se nós queremos ser a Capital da qualidade de vida, o atual Governo, que se elegeu com essa plataforma, já deveria ter tido a iniciativa de propor e trabalhar esta questão antecipadamente. Nós, felizmente, já estamos discutindo esses assuntos aqui. Inclusive, dias atrás, tivemos a presença do Diretor de Desenvolvimento e Expansão da Trensurb, o Engenheiro Humberto Casper, tratando da questão do Metrô. Nós já teremos a ligação, através do aeromóvel, da Estação Trensurb do Aeroporto até o terminal do novo Aeroporto, do Aeroporto Internacional Salgado Filho; um quilômetro. Outros espaços poderiam ter essa modalidade também.

Outra modalidade com que algumas cidades estão trabalhando são os veículos leves sobre trilhos. Nós temos o ônibus a eletricidade em vários lugares, e essas modalidades podem conviver tranquila e serenamente entre si sem nenhum problema, absolutamente sem nenhum problema.

O que nós achamos que é necessário ter são políticas de sustentabilidade ambiental.

 

O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu não queria interromper o raciocínio de V. Exª, mas já lhe adianto que me inscrevi na discussão e cedo a V. Exª o meu tempo. Mas quero cumprimentá-lo, Ver. Adeli Sell, porque V. Exª consegue ver, na criatividade do Ver. Todeschini, algo que é exemplo, sim, para todos nós. Há uma discussão séria e importante. Eu me detive muito no Parecer da CCJ antes, mas é uma discussão que nós devemos enfrentar, devemos promover e provocar. Portanto, parabenizo-o pelo seu pronunciamento, e a autoria do Ver. Todeschini em relação a este Projeto. Obrigado, Vereador.

 

O SR. ADELI SELL: Eu é que agradeço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Adeli, o Ver. Pedro Ruas se inscreveu, mas há outros Vereadores inscritos. Consulto se os Srs. Vereadores concordam com a cedência do tempo. (Pausa.)

Com a anuência dos demais Srs. Vereadores inscritos, o Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07, por cedência de tempo do Ver. Pedro Ruas.

 

O SR. ADELI SELL: Continuo, portanto, para fazer aqui uma reiterada posição de defesa de avanços que nós temos que ter, principalmente na utilização de combustível.

Aqui no Rio Grande do Sul, nós já temos, na Região das Missões - fiquei sabendo recentemente -, uma planta que está sendo instalada no Município de São Luiz Gonzaga, terra do Ver. Nedel, que vai ter uma produção significativa de biodiesel. O Presidente Lula, em muitos momentos, tem defendido isso em fóruns internacionais. E é claro que tem incomodado algumas pessoas, como, por exemplo, o Presidente Chávez, porque a Venezuela tem uma magnífica produção de petróleo tradicional. Inclusive, não sei se as senhoras e os senhores sabem, mas o litro do combustível custa 0,03 centavos de dólar na Venezuela, ou seja, é de graça, porque ele é um Presidente populista; portanto, ele faz uma profunda demagogia com a questão do combustível. Mas isso terá fim um dia. Por isso, àqueles que têm uma defesa incondicional ao Chávez, eu peço atenção. Não sou daqueles que defendem o outro lado, daqueles que são contra ele - em muitos momentos, lá na Venezuela, enterraram o País. Mas também quero mostrar aqui como o Evo Morales, nesta última semana, se distancia, e o seu País também é um grande produtor de combustível, no caso, o gás. São Governos democraticamente eleitos, mas com um viés diferenciado, evidentemente. Em outros países estão discutindo a questão da finitude do combustível tradicional. Outros vão argumentar que a natureza sofre por demais com a plantação de cana e outros produtos dos quais se extraem óleos, é verdade, mas há a possibilidade de um manejo, de um remanejo e cuidados do solo, para que haja uma produção permanente, equilibrada e com sustentabilidade ambiental, ou seja, nem tanto ao mar nem tanto à terra. Nós estamos aumentando a nossa extração de combustível tradicional, via Petrobras, inclusive em águas profundas, mas, ao mesmo tempo, estamos produzindo biodiesel, ou seja, a grande questão hoje é saber fazer esse equilíbrio, e talvez por isso seria importante - e eu temo, Ver. Todeschini, que a Prefeitura argumente inconstitucionalidade no seu Projeto.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Carlos Todeschini.)

 

O SR. ADELI SELL: V. Exª é otimista; eu sou precavido. Estou já tentando dialogar com o Líder do Governo, que atentamente nos ouve sobre esta questão.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Não é só pelo fato de a CCJ ter dado Parecer favorável, mas é porque nós já tivemos pioneiramente o programa do B2, que foi aprovado e é constitucional. Então, já há um precedente, só altera a proporção da mistura.

 

O SR. ADELI SELL: Nós sabemos disso. Mas, Vereador, eu sou muito atento aos burburinhos que ouço aqui nesta Casa e fora dela. Então, eu tenho algumas cautelas. Por isso eu gostaria que o senhor tomasse a iniciativa de procurar o Prefeito antes do seu voto.

 

O Sr. Toni Proença: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Já está em prática o B2, o B3 e o B4 na Carris de Porto Alegre, portanto a Prefeitura Municipal já utiliza esse expediente proposto pelo Ver. Todeschini.

 

O SR. ADELI SELL: Bom, melhor ainda se isso está sendo efetivado. Quando o Senhor fala da Caris, eu sempre fico em dúvida, porque, se for como o relatório e o orçamento que a Carris tentou nos aplicar no ano passado... Mas, como eu sou um bom leitor de orçamento e conheço a Carris melhor do que a atual Direção, porque eu tenho quem me assessore, a mim não conseguiu enganar. Portanto, eu tenho as minhas precauções. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Obrigado, Ver. Adeli.

O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras, público que acompanha o plenário, pela Rádio Câmara e pela TVCâmara, é importante salientar neste Projeto do nobre colega Ver. Todeschini, que institui o Programa de Substituição Progressiva de Óleo Diesel, quem de nós não preserva a saúde? Todos nós sabemos que quanto mais poluentes no ar pior para a saúde. Nós sabemos, por exemplo, que em determinados lugares da cidade de Porto Alegre, como em outras capitais, como em outras regiões da Grande Porto Alegre, há uma enorme poluição, exatamente pelo fluxo grande ou constante de veículos. E, possivelmente, esses veículos, na sua grande maioria, não são movidos a biocombustível, pois se eles fossem movidos a biocombustível, a poluição do ar seria muito, muito menor. E aí nós poderíamos observar que, quanto menos poluído o ar, menos rinite, menos pneumonia, menos alergia nós iríamos ter. Enfim, se nós observarmos, a poluição do ar acaba trazendo para o cidadão inúmeros problemas, inúmeros malefícios à saúde. Então, quanto mais nós trabalharmos pela despoluição do ar, Ver. Todeschini - e por isso é louvável o seu Projeto -, como muitos ambientalistas também trabalham pela despoluição das águas, quanto mais nós trabalharmos naquilo que o homem consome diariamente, seja o ar, a água ou a alimentação, mais nós trabalharemos pela Saúde pública. Se menos pessoas ficarem doentes, menos serão utilizados os serviços públicos da saúde, que já são precariíssimos. Então, nesse sentido, todas as ideias que vêm em defesa da Saúde pública, eu, Vereador, considero louvável a iniciativa. Muitos até podem dizer que é inconstitucional, Ver. Todeschini, mas não é verdade, porque as próprias Comissões aqui da Casa deram pareceres favoráveis e o Projeto depende, inclusive, deste Plenário. Caso o Prefeito vete o Projeto, ele retornará a esta Casa, e nós temos que legitimar os votos das Comissões, uma vez que todas votaram favoravelmente. Então, trabalhar aqui com a ideia de que em cinco anos nós possamos ter 20% de utilização de biocombustível, é uma ideia louvável. Sinceramente, é uma ideia louvável! Nós sabemos - eu acredito - que todos os Vereadores aqui possuem automóvel, e que mais de 50% dos Vereadores têm carros movidos a álcool, que é biocombustível, que pode, no futuro, ter a mistura do biocombustível, que vem de inúmeros outros produtos - por exemplo a soja e assim por diante, de uma região do Rio Grande do Sul que é grande produtora de soja. Portanto, eu acho louvável a ideia, inclusive vai valorizar não só este produto, como muitos outros: a mamona, o girassol, para poder, então, agregar valor àqueles que produzem.

Então, nesse sentido, eu queria não só parabenizar, bem como dizer da importância da iniciativa pelo bem da saúde pública, pelo bem da saúde do ser humano. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Projeto está à disposição aqui na Mesa.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente da nossa Casa, Ver. Sebastião Melo; nobres Vereadores, quero aproveitar para cumprimentar o Presidente futuro da nossa agremiação em Porto Alegre, o Ver. Jocelin Azambuja, como de resto a todos os telespectadores da TVCâmara; com relação a este Projeto do Ver. Carlos Todeschini eu já tive a oportunidade de pensar, e, pela terceira vez, vir aqui falar sobre ele. Logicamente que nós estamos vivendo numa era em que as mutações têm uma velocidade muito grande e temos que nos adaptar a essa modernidade o quanto antes melhor; o quanto antes melhor, inclusive no sentido de salvarmos vidas humanas. Sabemos todos que Porto Alegre hoje é a segunda Cidade que tem os maiores índices de poluição, a mais perniciosa poluição que grassa hoje no mundo moderno, principalmente no setor urbano, nas grandes metrópoles, que é o dióxido de carbono, exalado das descargas dos nossos automóveis. Se nós formos, hoje, fazer uma caminhada pela cidade de Porto Alegre para realizar uma reciclagem pulmonar, não sei se isso estará fazendo mais malefício ou benefício ao organismo.

Temos que ver também outros parâmetros que estão a exigir uma atenção muito rápida do nosso Poder Público. Nós estamos vendo, por exemplo, neste mundo todo, os alagamentos das cidades. No Rio Grande do Sul, talvez, seja onde menos esteja chovendo, fazendo um contraponto aos Estados de outrora. E nada é feito para que possamos minorar, dentro das grandes metrópoles deste País, o que está acontecendo com essa mutação do globo terrestre, do aquecimento climático. São projetos, decisões, vontades políticas simples de serem executadas. E, talvez por projetos polêmicos apresentados, não se façam as coisas mais práticas que estão por serem feitas. E digo uma atitude que seria importante, sem despesa nenhuma para o Erário: microbacias de contenção da água da chuva, fazendo um aproveitamento para podermos economizar a água boa do nosso Planeta. Inclusive, por exemplo, aqueles edifícios, os condomínios que fossem usar essas microcontenções da água da chuva teriam lucratividade; além de economizarem a água potável, estariam economizando dinheiro. Seria economia financeira para o condomínio e não desperdiçariam essa água caríssima, como a gente vê, lavando automóveis, lavando calçadas ao deus-dará, e não usando a água da chuva que vem para inundar as nossas casas. Da mesma forma, o uso do combustível fóssil; se nós não o substituirmos rapidamente, talvez ele nos substitua aqui no globo terrestre.

É um Projeto meritório, de grande alcance social em que todas as metrópoles do mundo teriam que partir na substituição do petróleo, da gasolina, do óleo diesel pelas fontes alternativas que forem, temos diversas. O Presidente dos Estados Unidos, tão badalado, está preocupado em fazer carros movidos a eletricidade, para poder enfrentar, inclusive, a crise econômica.

Vejo, de outro lado, que temos que fazer com que este Projeto seja um consenso do Município, e que o Executivo sobre ele se debruce, fazendo com que essa conquista se transforme numa realidade para que possamos economizar saúde, diminuir sofrimentos, evitar mortes de pessoas inocentes; para que deixemos de pagar o preço caríssimo que pagamos pela gasolina, a mais cara do mundo, para poluir a nossa Cidade, e matar a nós e a nossos filhos. É meritório; vamos conversar com a base do Governo para que cheguemos a um consenso. Oxalá, possamos aprimorar o uso da energia, ao menos minorando os problemas que hoje estamos sentindo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, gostaria da atenção do autor deste Projeto de Lei, Ver. Carlos Todeschini, para alertá-lo. Já falei, na segunda-feira, que o Projeto tem mérito e está tendo o nosso apoio, tanto que fizemos uma Emenda, estendendo seus efeitos não só para o transporte coletivo, mas para a frota do Poder Público do Município de Porto Alegre e também para a que está a seu serviço.

Eu queria alertar, em primeiro lugar, embora não legislando sobre isso, Ver. Mauro Zacher, nós já temos um programa na Cidade, em que todos os 24 tratores, Ver. DJ, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, são movidos a óleo de fritura não mais utilizado. Já estamos com o B10, ou seja 10% desse tipo de biocombustível. E mais, isso em convênio com a PUC. Portanto, é uma tecnologia porto-alegrense da Secretaria Municipal do Meio Ambiente com a PUC - produção nossa, porto-alegrense -, que está tendo repercussão mundo afora. E a ideia é transformar - e já tem um trator no Parque Marinha do Brasil movido a B100, 100% com óleo de fritura, e que está funcionando muito bem. Aliás, para quem não sabe, o trator com motor a diesel começou no final do século XIX, a funcionar com óleo vegetal, por invenção de um alemão; depois veio o óleo do petróleo. Quem usa o diesel vegetal tem um retorno muito melhor ao do petróleo.

Vou além: estamos aqui trabalhando mecanismos de desenvolvimento limpo - MDL -, portanto, temos que melhorar o combustível, fiscalizar a regulagem dos motores - e Porto Alegre nunca trabalhou bem a fiscalização para saber como estão os motores que circulam pela Cidade -, e isso é com o órgão de trânsito. Mas MDL, Ver. Carlos Todeschini, inclui resíduos, inclui um melhor combustível, mas inclui o reaproveitamento da água da chuva, ao que V. Exª é contra. Não há meio MDL; temos que ter uma política de mecanismos de desenvolvimento limpo, em que tem que haver uma coerência, e ser a favor do reaproveitamento da água da chuva, sim. Se for contra, tudo bem, mas daí tem que ser contra o resto também, porque não há meio termo.

Ou nós traçamos uma política ambientalmente sustentável, com todas as variantes, ou não vai funcionar. É por isso que existe a Política Ambiental, que não é pegar apenas o óleo diesel movido com óleo vegetal, e deixar o resto de lado, como, por exemplo, o aproveitamento da água da chuva e das águas cinzas, porque isso é MDL.

Nós temos o Decreto nº 15.775/07, que regulamenta a Legislação Federal e que diz que tão ou mais importante que nós colocarmos, em curto prazo - não estou falando em médio ou longo prazo -, o óleo vegetal, que é o chamado diesel 50, que é o diesel com menos enxofre, e que a Refap aqui no Rio Grande do Sul não produz, e que os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo utilizam. É o diesel com menos enxofre, não é o diesel metropolitano que, ao invés de ser 2.000, é 500; estou falando do 50, que significa dez vezes menos enxofre que o diesel comum. E nós temos um Decreto que diz o seguinte:...

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Beto Moesch continua com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07, por cedência de tempo do Ver. João Pancinha.

 

O SR. BETO MOESCH: Obrigado, Sr. Presidente, obrigado Ver. Comassetto e Ver. Pancinha. O Decreto diz: “As empresas distribuidoras de derivados de petróleo ficam obrigadas a distribuir no Município de Porto Alegre, nos postos de gasolina [portanto, todos eles]: óleo diesel com teor máximo de enxofre de 500mg/ kg”, que é o chamado então diesel 50. Ora, qual é o problema? Não se está produzindo o diesel 50. E por que fizemos esse Decreto, regulamentando Lei Federal? Porque é uma Lei Federal que determina isso, não é escolha para o Município.

Então, estou falando tudo isso, Ver. Todeschini e demais Vereadores e Vereadoras, porque sou, sim, favorável ao que diz na Emenda, mas temos que trabalhar, de uma vez por todas, Ver. Valter Nagelstein, num programa de redução da poluição atmosférica na cidade de Porto Alegre, como existe, há mais de 20 anos, em nível Federal. É por isso que surgiu o catalisador; por isso o surgimento de 25% de álcool na gasolina; é por isso que surgiu o diesel 50, por causa de uma política Federal, aprovada pelo Conama, que busca e consegue, em 20 anos, a redução da poluição - e nós estamos nesse processo de redução da poluição atmosférica em termos pontuais, Verª Fernanda. A poluição aumenta pela quantidade de veículos, mas nós temos, hoje, veículos dez vezes menos poluentes do que aqueles que existiam no final dos anos 70.

Então, há uma política, Ver. Dr. Raul, porque isso tem muito mais a ver com Saúde Pública do que com meio ambiente; este é um problema crucial para a Saúde Pública, a questão aqui não é só ambiental - é também -, mas em primeiro lugar vem o problema da Saúde Pública. O Dr. Thiago e o Dr. Raul, como médicos, sabem dos malefícios que a poluição atmosférica causa para a Saúde Pública. Então, isto aqui é muito sério, não se pode brincar com esse tipo de questão, mas tem que se colocar em prática, Ver. Mauro Pinheiro, e aí vem o desafio.

Vou além, nós estimulamos, em detrimento da gasolina e do diesel, a licença ambiental, pela SMAM, de postos que vendam biocombustível, gás natural e o álcool. Podem ver que para a ampliação de um posto já existente, para colocar gás natural, biocombustível e álcool, ele terá uma facilidade imensa em virtude de uma visão de política ambiental para a cidade de Porto Alegre. Portanto, o importante é que nós precisamos, de uma vez por todas, Ver. Nagelstein, fazer esse debate com o Executivo. Nós precisamos, além dessa proposta do Ver. Todeschini e outras, trabalhar um programa de melhoria da qualidade do combustível vendido e utilizado na cidade de Porto Alegre - este é o grande desafio. Porque já está sendo feito, Ver. Valter Nagelstein, já está implantado; o que está faltando é nós colocarmos isso em um programa. Então, há a proposta do Ver. Todeschini; há o Decreto, o qual acabei de ler em parte; há um programa do DMLU de transformar produtos com o óleo de fritura - além da SMAM com relação aos tratores -, como sabonetes e sabão, uma cadeia em parceria com várias empresas. Então, são ações que precisam ser incluídas em um programa. O desafio, agora, ao Ver. Todeschini, Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente; ao Ver. Valter Nagelstein, e a todos nós, Vereadoras e Vereadores, em cima do que já temos, que é muita riqueza de ações e legislações nesse sentido, é trabalharmos isso em um programa.

Em outras palavras: vamos colocar todas essas iniciativas em uma sopa, vamos mexer muito bem, e apresentar para sociedade um programa de melhoria da qualidade do combustível gerado, utilizado e vendido aqui na cidade de Porto Alegre. Ver. Todeschini, por isso que nós entendemos que este é o típico debate para nós traçarmos na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que já foi até deliberada para que, na Semana do Meio Ambiente, nós possamos debater mudanças climáticas e os seus efeitos de impactos locais. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Presidente, uma Questão de Ordem.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Oliboni, se V. Exª vai fazer uma Questão de Ordem relativa à matéria, é oportuna; do contrário, solicito que V. Exª aguarde o término da discussão da matéria.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras, senhores, o Projeto apresentado pelo nobre colega Carlos Todeschini se enquadra perfeitamente no momento de discussão e no momento de revisão mundial dos conceitos da evolução tecnológica. Reforça, inclusive, uma postura e uma posição que o Brasil passou a adotar, com o Presidente Lula percorrendo o mundo e passando a credibilidade suficiente para colocar o Brasil como um dos países pioneiros na afirmação do biodiesel.

O biodiesel, como está sendo proposto, é provável que alcance, em cinco anos, o percentual de 100% no sistema de transporte público em Porto Alegre. E hoje ele está em B2, B3, ou B4, que é 3% ou 4%; então, faltam outros 96%.

E, atualmente, Porto Alegre, segundo pesquisa feita pelo Datafolha, apresenta o segundo maior nível de poluição do ar da sua região central, perdendo somente para São Paulo.

Porto Alegre, Ver. Ismael, já foi modelo e exemplo de qualidade do ar, porque tinha uma fiscalização muito rígida, mesmo com uso do óleo diesel existente. O que vem acontecendo hoje são as línguas de fumaça preta nos ônibus que andam pela Cidade. Isto é, sim, devido ao combustível, mas, também a devido a uma falta de fiscalização e uma gestão do transporte para que fiscalize e exija a regulagem constante desses motores para não emitirem esses poluentes.

Dito isto, Porto Alegre, tem que avançar e firmar. Mas eu quero pegar aqui um outro lado que é a produção do biodiesel. O que significa isso para a geração de renda e a geração de economia para as famílias produtoras, principalmente para as da agricultura familiar.

Hoje, o Rio Grande do Sul tem em torno de 650 mil famílias que dependem da agricultura familiar. Na região do Rio Pardo, há uma grande concentração de famílias que produzem outro tipo de produto vegetal, que é a produção de fumo, e nós já fizemos grandes debates aqui nesta Casa sobre a proibição ou não do fumo. Em locais fechados, sou favorável à proibição, votei isso. Eu dizia naquela época que a produção de fumo, que é uma produção poluente para o corpo humano, que esses agricultores podem substituir a produção do fumo pela produção de alguma oleaginosa que vá produzir o biodiesel, com um ganho maior e com um recurso da qualidade ambiental extremamente superior.

Então, um Projeto como este provoca uma reação em cadeia para a geração desses combustíveis, e orienta uma cadeia produtiva que vai estar suportada no que nós chamamos de produção sustentável de uma tecnologia, que é um projeto desenvolvido com uma orientação político-tecnológica, do nosso Governo Federal e que os Municípios, no caso de Porto Alegre, Sr. Presidente, venha a se adequar para ser incluída como uma das cidades que, no seu sistema de transporte público, no prazo de cinco anos, esteja consumindo biodiesel em 100%.

Portanto, meu colega Todeschini, parabéns pelo Projeto e, certamente, ele será aprovado aqui pela unanimidade da Casa.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a presença do nosso queridíssimo Vereador Jocelin Azambuja, do Democratas, presente aqui no plenário da nossa Câmara. Obrigado pela presença, Vereador.

O Vereador Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07. (Pausa.) Desiste. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Vereador-Presidente, Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu vou pedir a atenção dos meus colegas Vereadores para este Projeto que nós estamos votando agora aqui na nossa Câmara. Não faz muito tempo, nós votamos aquele Projeto do Pontal do Estaleiro, e uma das Emendas oferecidas, de autoria do Ver. Ferronato, foi uma Emenda que veio para descaracterizar completamente aquilo que se queria. Em função dessa ação do PT, através da Emenda do PSB, esta Casa saiu apequenada com relação ao debate que se fazia, porque nós queríamos que a população resolvesse, mas o PT tinha medo da população e resolveu que não era a população que deveria resolver.

Desta vez, também neste Projeto, Ver. Valter Nagelstein, existe uma armadilha que nós temos de, primeiro desmontar, para depois começarmos, realmente, a discutir as suas benesses.

Primeiramente, esse diesel que está sendo proposto neste Projeto de Lei foi uma tentativa primeira do nosso atual Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que está testando para saber se, realmente, esse combustível vai causar menos poluição. É uma tentativa; uma tentativa!

Mas, Ver. Beto Moesch, se este Projeto passar, se começarmos a utilizar esse tipo de diesel no nosso transporte, na proporção que está no Projeto, nós teremos que ter uma certeza: estaremos votando, primeiramente, que as tarifas do transporte sejam aumentadas, porque esse combustível é bem mais caro do que o diesel normal que é utilizado hoje.

Então, todos nós temos que votar com consciência; detesto votar alguma coisa sem que estejamos conscientes do que estamos votando. Não digo, nem resolvi ainda se vou votar contra ou a favor, mas quero votar conscientemente. Quando votarmos esta matéria, temos que saber o seguinte: estamos votando em uma mistura que ainda não está totalmente testada. Ela está, na verdade, passando por um teste, que é uma tentativa do Ministro Carlos Minc para que seja utilizado esse combustível, que é bem mais caro do que o diesel normal. Então, se implantarmos este programa - não estou nem falando da possibilidade ou não de nós legislarmos dentro desta área, porque até sou partidário, Verª Sofia Cavedon, de que devemos discutir todas as áreas que envolvem a nossa sociedade, porque acho que esta é a nossa obrigação -, sempre, Ver. Todeschini, quando formos votar, temos que ter consciência do bem e do mal que podemos estar praticando com determinado tipo de projeto.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, ouvi com atenção quando o senhor falou que estavam votando aumento da passagem. Já estava favorável ao Projeto, mas isso me deixou preocupado, porque sou uma pessoa que não gosta de aumento; se é para nós votarmos e aumentar a passagem do transporte, isso não pode acontecer, temos que rever isso.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Podemos falar assim: não, mas isso daqui se trata apenas de um programa. Realmente, trata-se de um programa. Só que, quando estamos estabelecendo programas em nosso Município, também não podemos estabelecer programas só por estabelecer. Nós temos que ter a certeza de que o programa que nós estamos estabelecendo vai ser colocado em prática, senão, por que colocar um programa? Por isso mesmo, Ver. Valter Nagelstein, nós temos que ter a consciência de que ao votar o Projeto e ao aprovar o Projeto, nós vamos estar, com toda certeza, propiciando também aumentos futuros com relação ao transporte, porque esse combustível é extremamente mais caro do que o diesel normal.

Eu quis trazer esse item aqui exatamente para que ele possa servir, Ver. Mauro Zacher, como um ingrediente para que a discussão possa seguir com tudo aquilo que realmente nós podemos conhecer a respeito, porque, senão, fica só assim: nós vamos votar um programa que vai trazer um diesel que é mais limpo e que vai fazer com que nós tenhamos um meio ambiente melhor. Ora, quem não quer isso? Todo mundo quer! Agora, se eu coloco um ingrediente dizendo o seguinte: olha, esse diesel ainda não está totalmente testado e ele é muito mais caro do que o diesel normal, eu estou colocando um outro ingrediente para que nós possamos pensar e para que nós possamos discutir se com esses ingredientes colocados aqui na discussão nós devemos votar contra ou a favor. Eu, na verdade, não tenho ainda uma posição final tirada, mas eu gostaria que os meus companheiros Vereadores, ao votar a matéria, saibam exatamente aquilo que nós estamos votando.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos acompanha pelas galerias, que nos assistem pela TVCâmara, que nos ouvem pela Rádio Web da Câmara, este Projeto do Ver. Todeschini, sem dúvida nenhuma é um Projeto que requer uma atenção especial; sem dúvida, o mérito do Projeto é realmente contagiante. O Ver. Todeschini tem trazido diversos Projetos com os quais simpatizo muito, e nós achamos, realmente, Ver. Todeschini, que se fosse somente a discussão e o debate, eu tenho certeza de que esta Casa já ganha, porque está pensando no futuro e no desenvolvimento de uma Cidade sustentável.

Entretanto, Vereador, cabe a nós a responsabilidade de ver e estudar as repercussões dos Projetos que nós votamos nesta Casa. É em cima disso que eu quero fazer algumas considerações que são importantes para a discussão nesta tarde. Primeiro, que o Programa de Substituição Progressiva da Utilização do Óleo Diesel Convencional - B2 -, pelo Biodiesel - B100 - é algo que deixa muito claro, no Projeto de Lei de V. Exª, no art. 4º, que, sendo os custos com o B100 superiores ao do óleo diesel convencional - e todos nós sabemos que é superior ao óleo diesel convencional -, a manutenção dos valores das tarifas será garantida por meio de concessão de incentivo às empresas de transporte público Municipal.

Há boa intenção neste Projeto, e, sem dúvida, talvez daqui a alguns anos, nós estaremos vendo de maneira mais atual, momentânea, e não tenho dúvida de que este Projeto ainda não é para este momento. Eu estive conversando com alguns técnicos da CARRIS, que ponderaram desta maneira. Fui buscar, Ver. Todeschini, alguns estudos que pudessem nos subsidiar a implementação do B100, e ainda estamos muito distantes dessa possibilidade; ainda estamos distantes.

Tenho aqui um estudo da Mercedes-Benz que fala claramente (Lê.): “A legislação estabelece datas e percentuais de utilização do biodiesel em veículos comerciais. A mistura de 2% de biodiesel - B2 - passou a ser exigida no início deste ano, e o percentual de 3% - B3 -, a partir de 1º de julho. Já o B5 será obrigatório em 2013”.

Nós, com a responsabilidade que temos, Vereador, temos de saber, primeiro, as repercussões de quem irá pagar esse custo? É dessa maneira que eu encaminho, em nome da nossa Bancada, porque entendemos e sabemos que é um Projeto que requer uma discussão mais ampliada e que possa enxergar o futuro do desenvolvimento sustentável. É isso que nós queremos para a nossa Cidade.

Então, como Líder da Bancada do PDT, recomendamos que, neste momento, não sejamos favoráveis ao Projeto, porque sabemos que as repercussões ainda não estão bem claras. Entretanto, o mérito é válido, e nós reconhecemos a bela intenção do seu Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que se encontram nas galerias e que nos assistem pelo Canal 16 da TVCâmara, queria saudar todos, primeiramente, a intenção do Projeto, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, não é ruim, é uma ideia boa, só que, pelo meu entendimento, pelo meu modesto entender, a Câmara Municipal de Porto Alegre não tem poder, pelo menos momentaneamente, de votar um Projeto dessa linha. Nós temos outras instâncias superiores, como o próprio Ministério de Minas e Energia e outros órgãos que possam estudar mais profundamente este Projeto. Todos nós queremos uma qualidade de vida melhor. E já há o reaproveitamento, hoje, do óleo de cozinha. São milhares de litros diariamente e muitos desses litros acabam poluindo o nosso Guaíba. Sei de dados, mas não lembro agora, que um litro de óleo chega a poluir de três a quatro mil litros de água. Vejam o malefício que causam as famílias que colocam o óleo que sobra em suas residências no lixo, e que acaba nos esgotos e no Guaíba.

Eu acho que a discussão é importante. O Ver. Carlos Todeschini traz aqui uma discussão que eu acho que nós vamos retomar, mas agora não é o momento, porque, como eu já disse, nós temos que aguardar um estudo mais profundo, pois vai encarecer o transporte coletivo, e nós não podemos mais onerar a população. Pelo amor de Deus! Nós temos outros órgãos, temos que discutir com maior profundidade, Ver. Luiz Braz. Eu acho que temos que fazer, aqui na Câmara, uma campanha com as escolas.

Vejam a importância de as escolas começarem a fazer um trabalho com os alunos para o reaproveitamento do óleo após a fritura, que é colocado no lixo, na pia e vai pelo esgoto, Ver. Dr. Thiago Duarte. Em maio do ano passado, convidado pelo professor Casarin, visitei o Colégio Adventista Marechal Rondon e fiz um pronunciamento, aqui, parabenizando a Escola pelo trabalho. O professor Casarin faz um belo trabalho com os alunos e com a direção. No ano passado, aproximadamente mil alunos conseguiram recolher 900 litros de óleo. Os alunos levam o óleo em garrafas PET, que são depositadas em um tonel na Escola, para que as empresas possam reaproveitá-lo. Este ano, em apenas quatro meses, já foram recolhidos três mil litros de óleo, Ver. Alceu Brasinha. Então, a Câmara Municipal tem que estar junto com as escolas, incentivando esse trabalho e parabenizando as escolas que fazem esse tipo de trabalho, como o Colégio Adventista Marechal Rondon. Isso tem que se espalhar para outras escolas estaduais e municipais, porque o jovem leva para a família aquilo que é discutido na escola. E isso é importante para que possamos fazer esse trabalho junto com as escolas.

 

O Sr. Dr. Thiago Duarte: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado, Ver. Ervino Besson. Quero só destacar que, no dia 4 de abril, nós estivemos no Município de Venâncio Aires, na escola reconhecida estadual e nacionalmente, Brenno Breunig, e lá eles fazem - já receberam prêmios estaduais e nacionais por isso -, a utilização e o reaproveitamento desse óleo que V. Exª está referindo; é um trabalho extremamente meritório que junta ecologia com o ensino, e certamente, se junta ecologia com ensino, a saúde está no meio. Obrigado pelo aparte.

 

O SR. ERVINO BESSON: É educativo. Educando as crianças, elas conseguem ter esse envolvimento junto com a família, e aí, sim, cabe fazermos um trabalho que seja estendido para outras escolas. Não é ruim a ideia do Ver. Todeschini, só que acho que não é o momento, e, como já disse no início, acho que não temos este poder para entrar numa área tão delicada que precisa ser muito mais debatida. Temos que ouvir técnicos, pessoas que se envolvem, pessoas que são formadas, pessoas que têm conhecimento nesse setor. Muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/07.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, vim mais provocada pela afirmação do Ver. Luiz Braz, porque acho que ele fez uma comparação, eu diria, inadequada com a votação do Pontal do Estaleiro, mas eu gostaria de fazer uma outra comparação com aquela votação. Eu entendo que votamos por unanimidade a Emenda do Ver. Airto Ferronato, que, de fato, ajudamos a construir, e lamento apenas que alguns Vereadores tenham afirmado que tenham votado enganados. Se há algum mico, algum vexame que a Casa pagou, seria os Vereadores não reconhecerem a sua votação ou dizer que se distraíram, porque a Emenda tinha uma intencionalidade e uma legalidade muito importante: 60 metros da orla, da beira do rio, é uma proteção mínima para não haver aterros, porque qualquer construção - não sou engenheira, mas os engenheiros têm concordado comigo - a menos de 60 metros na beira do rio vai necessariamente obrigar a fazer aterro, e temos Lei Municipal de 1996, se não me engano, que proíbe aterrar as margens do Guaíba, pois nós temos que preservar as áreas destinadas à nossa água, ao nosso manancial aquático e, portanto, nós não podíamos aprovar um empreendimento sem preservar um espaço, Ver. Brasinha, para que esse empreendimento não tivesse que aterrar a beira do Guaíba para se realizar. E acho que, de fato, ajudou, porque o empreendedor mostrou que queria fazer, ia construir muito perto da água do Guaíba, ia aterrar, sim, para fazer o empreendimento e, com esta Emenda, voltou atrás.

Então, eu acho que a Casa, ao invés de se considerar vexada e enganada, devia se orgulhar de cumprir a legislação, porque se fosse lida a legislação nacional, do Código Florestal, íamos ver que, analisando ao pé da letra, o Guaíba tem muito mais do que 100 metros de largura, em determinados pontos, teríamos que preservar aqui 50, até 100 metros, dependendo da interpretação, da beira do Guaíba sem construção. Sem falar que essa área é uma proteção para as cheias, sem falar que essa mata, esse tipo de vegetação é uma proteção, uma prevenção para as cheias do Guaíba. Então, acho que nós votamos, de minha parte, de parte da minha Bancada - eu tenho certeza - e de parte de muitos Vereadores aqui, muito conscientes na Emenda dos 60 metros, e, se o empreendimento não é viável, é porque ele feriria, sim, a legislação de Área de Proteção Permanente; feriria, sim, a Lei Municipal que proíbe aterro e feriria a proteção contra as cheias.

Eu acho que o Prefeito Municipal está muito correto na sua intenção de não vetar aquele artigo, porque iria ficar muito mal para a Prefeitura Municipal vetar uma proteção dessas de área...

Então, Vereador, retomo a comparação que o Ver. Luiz Braz faz, no sentido de o Projeto do Ver. Todeschini ser um Projeto que tem o mesmo caráter: o caráter de colocar a visão de proteção e de equilíbrio ambiental à frente da visão econômica. E vejam bem, num primeiro momento, porque a utilização de biocombustíveis, em médio e em curto prazo, com certeza vai ser muito mais barato para o mundo, para a sociedade, para a proteção do meio ambiente, para outras medidas muito mais caras quando nós não tivermos mais condições de nos proteger dos efeitos da luz solar, quando nós tivermos perda da água potável, etc. Nós, com certeza, teremos um prejuízo muito maior, se não tomarmos medidas preventivas.

Ver. Carlos Todeschini, o seu Projeto é ousado e coloca Porto Alegre à frente de outras cidades, como protagonista de inovações, provoca as cidades a enfrentarem, corajosamente, a transformação dos seus insumos e a tentarem evitar, de fato, que o meio ambiente seja atingido pela nossa economia, pela nossa circulação e trânsito.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Bem rapidamente: não é verdadeira a ideia de que o biodiesel é mais caro, porque há ganhos diretos e indiretos de grande envergadura, em especial para o meio ambiente, para a Saúde pública e para o patrimônio privado e público, como fachadas de prédios, monumentos e paradas de ônibus, que são destruídos pela ação do ácido sulfídrico do combustível fóssil. Obrigado.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Todeschini, esses dados técnicos ajudam a fortalecer a minha convicção de que nós temos, sim, condições. A humanidade avançou muito tecnologicamente, e não conseguiu nem aliviar o sofrimento humano, nem a dor humana, nem a morte, nem a violência, nem a miséria, muito menos a degradação do meio ambiente. Não é possível; nós estamos num ponto da humanidade, de desenvolvimento tecnológico, que nos obriga a utilizar esse desenvolvimento para a preservação da vida, Ver. Luiz Braz. Sejamos protagonistas disso. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, há um Requerimento do Ver. Carlos Todeschini, solicitando o adiamento da discussão desta matéria por quatro Sessões.

Em votação Requerimento do Ver. Carlos Todeschini que solicita o adiamento da discussão do PLCL nº 024/07 por quatro Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

(Aparte fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Está aprovado o Requerimento.

(Aparte fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não, mas eu o coloquei em votação, Vereador.

Vereador, compreenda V. Exª, eu coloquei em votação, não houve manifestação, a matéria está votada e, portanto, eu lamento...

 

(Aparte fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Olha, eu quero dizer a V. Exª que eu li, não muito depressa, o Requerimento e não compete ao Presidente controlar o Plenário; compete ao Presidente presidir a Casa, e aos Vereadores compete estarem atentos à votação. Portanto, não vou eu refazer a votação.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, eu gostaria de solicitar à Mesa que os colegas Vereadores, quando se manifestassem na tribuna, não ficassem falando quatro minutos sobre outro tema e, depois, excedessem quase dois minutos para poder discutir o tema que está sendo abordado. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Está registrada a sua manifestação, Vereador, a sua posição.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, amanhã, eu e o meu colega Ver. DJ Cassiá estaremos em Brasília, numa audiência com o Sr. Eliezer Pacheco, Secretário de Ensino Profissionalizante e Técnico do Ministério da Educação. Eu havia encaminhado a V. Exª, no dia 2 de março, um pedido para comparecimento do Eliezer aqui na Câmara. Como nós estaremos indo à Brasília, gostaria de ter a sua permissão para nós fazermos o convite pessoalmente, para que, em dez dias, ele possa estar aqui para falar sobre a ampliação das escolas técnicas no País e, mais especificamente, da nova escola técnica no bairro Partenon, em Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): É pertinente o seu Requerimento. Solicito a V. Exª que acerte isso com o Diretor Legislativo, até porque, na semana passada, num encontro que tive com o Eliezer Pacheco, ele tratou dessa matéria que acho altamente relevante, e disse que ele seria muito bem-vindo aqui no Plenário da Câmara. Então, o comparecimento regimental é uma questão de agendamento com a Diretoria Legislativa. Está, portanto, aceito o seu Requerimento, mediante a agenda da Câmara.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Fico agradecido, nobre Presidente. Amanhã, então, estaremos confirmando a data com ele mesmo. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoo Emenda nº 02, da Liderança do PSOL, ao PLE nº 020/07 (Lê.): “A gratificação de quebra de caixa de que trata o “caput” desse artigo é devida aos funcionários afiançados a partir do sexagésimo (60) mês anterior à promulgação desta Lei”. Entendido, Srs. Vereadores? (Pausa.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 7782/07 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 020/07, que cria Subseção III na Seção II do Capítulo III e acrescenta art. 47-A na Lei nº 8.986, de 02 de outubro de 2002, e dá outras providências. (Quebra de caixa / PREVIMPA.) Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e pela rejeição da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela aprovação do Projeto e pela rejeição da Emenda nº 01;

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE nº 020/07. Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação o PLE nº 020/07. (Pausa.) A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 020/07.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Vereadoras e Vereadores, pessoal que nos assiste, municipários presentes, quero agradecer pela presença e, sobretudo, reivindicar o mérito do Projeto. É um Projeto certamente meritório, porque tem a ver com uma correção da isonomia garantida para os funcionários da Administração Centralizada e ainda não garantida para os funcionários do PREVIMPA. Eu, como bancária, sei que os trabalhadores, aqueles que lidam com balancetes de contabilidade, com dinheiro todos os dias, precisam de uma segurança com relação ao quebra de caixa, porque, evidentemente, quando lidas com muitos valores, podem acontecer erros, e esses erros, em geral, saíam do bolso dos funcionários por não terem garantido esse direito já na gratificação - o de quebra de caixa -, de um adicional com relação ao salário dos funcionários da área de contabilidade do PREVIMPA.

Vale ressaltar que o Projeto vem no sentido de corrigir essa injustiça histórica, porque, quando da criação do plano de cargos e salários da Administração Centralizada da Prefeitura, já estava previsto o artigo dessa questão, garantindo quebra de caixa para todas as áreas que tratam com valores e contabilidade. Quando da criação do plano de cargos e salários do PREVIMPA, que é da Descentralizada, esse artigo foi suprimido. E eu só posso fazer uma saudação pelo fato de que agora esteja sendo corrigido esse erro e se garanta a isonomia para os funcionários do PREVIMPA com relação ao quebra de caixa.

Vim também na tribuna porque nós, do PSOL, apresentamos a Emenda nº 02 ao Projeto no sentido de garantir para esses funcionários também o pagamento retroativo dos anos em que se trabalhou sem a garantia, sem o quebra de caixa. Em primeiro lugar porque esses funcionários já foram penalizados desde 2002 ao não ter incluído no plano de cargos e salários essa garantia e, durante esses anos, todos os eventuais erros saíram do bolso de cada trabalhador, de cada trabalhadora.

Portanto, é um mérito que esta Casa reconheça essa dívida com os funcionários, aprovando a nossa Emenda, tentando corrigir, no prazo de 60 meses, pela questão da legalidade. Nós pedimos, na Emenda, que seja garantido no prazo anterior, ou seja, nos últimos 60 meses, essa ilegalidade.

E, do ponto de vista econômico, quero dialogar com meus colegas Vereadores, sobre a possibilidade econômica de o PREVIMPA fazer essa correção. O PREVIMPA, no ano de 2008, economizou cerca de 800 mil reais, ao mês, através da taxa de administração cobrada de cada funcionário; totalizando, ao final do ano, quase dois milhões de reais. E todo dinheiro economizado do PREVIMPA volta aos cofres da Prefeitura. Digo isso, porque para garantir esse direito aos trabalhadores da área de contabilidade do PREVIMPA não custaria nada mais do que quatro mil reais mensais para os seus cofres.

Portanto, para corrigir essa ilegalidade - levando em consideração o prazo retroativo que o ônus de qualquer perda é o ônus dos funcionários, unicamente, e não se tinha a garantia legal e não se tinha essa cláusula, defendendo as perdas dos trabalhadores que lidam com a contabilidade - nós podemos aprová-la e corrigir, no prazo de cinco anos, essa injustiça que os funcionários do PREVIMPA sofreram, sem ter gastos onerosos, utilizando a verba excedente do fundo mensal, que chega a 800 mil reais!

Se cada trabalhador que recebe a quebra de caixa tem um custo de quatro mil reais mensais para a Prefeitura, nos últimos cinco anos não daria nem o valor acima de 240 mil reais; o que, em um mês, se economiza, sobra com a taxa de administração do fundo. Então, eu acho que seria de bom-tom e uma sinalização política desta Casa para com os funcionários do PREVIMPA. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoo e coloco em votação o Requerimento de autoria da Verª Fernanda Melchionna, solicitando dispensa de envio da Emenda nº 02 ao PLE nº 020/07 à apreciação das Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Airto Ferronato - que, diga-se de passagem, foi um dos Vereadores que insistiu muito para que fosse enfrentada a votação desta matéria na data de hoje - está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 020/07.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Senhoras Vereadoras, Senhores Vereadores, pessoal que nos acompanha das galerias, a nossa saudação toda especial aos servidores do PREVIMPA que aqui estão, a maioria das Sras Vereadoras e dos Srs. Vereadores sabem, e a maioria dos presentes também, que esta é uma área em que eu tenho atuado há mais de 30 anos: a área de finanças do setor público. E a própria situação do País, as questões que envolvem o desenvolvimento da Nação brasileira também passam pelo setor público. Ela tem, sim, a sua contribuição na área privada, mas nós, do serviço público, também temos consciência de que fizemos a nossa parte. E quando se fala na área financeira do PREVIMPA, que é o tema de hoje, fala-se em milhões de reais que por aí passam, e passam hoje para hoje, mas passam muito pelo futuro do nosso servidor do Município de Porto Alegre. E, como servidor público e como empregados que todos somos, a questão da previdência e assistência social é uma questão central para todo o cidadão brasileiro.

Então, na realidade, nós que agora tratamos deste Projeto de quebra de caixa para funcionários, colegas que trabalham no setor financeiro do PREVIMPA, nós estamos, de um lado, tentando alcançar uma isonomia daquilo que já existe nas outras áreas do serviço público municipal, que é uma quebra de caixa para aqueles que tratam com o manuseio financeiro. Assim, se nós aprovarmos este Projeto, nós vamos levar o servidor do PREVIMPA não a patamar superior, mas a patamar, sim, exatamente igual ao dos outros colegas servidores do Município que atuam na área financeira. Daí a importância da aprovação deste Projeto - eu não me canso de dizer, tenho dito isso repetidas vezes -, pois com ele nós vamos levar a uma pequena parcela de servidores do Município - preparados, que tratam de verbas, de recursos da Previdência do Servidor Público do Município de Porto Alegre - uma forma de remuneração que as outras categorias de servidores já têm. Então, eu quero registrar a importância do tema.

Confesso que ouvi a exposição da Verª Fernanda Melchionna sobre a sua emenda, e nós temos uma outra emenda no Projeto que pretende retirar o parágrafo único do art. 47-A, cujo teor é o seguinte: a gratificação de que trata esse artigo é incompatível com o regime especial. Acontece que essa gratificação, com essa denominação ou não, está sendo paga para outras categorias, através de uma legislação federal. Portanto, pelo o que compreendo, com a aprovação ou sem a aprovação da Emenda, a questão se tornaria exatamente igual, com a possibilidade de remuneração.

Estou trazendo aqui o meu abraço, e pedindo às senhoras e aos senhores Vereadores que votemos favoravelmente este Projeto, que é da iniciativa do Executivo, mas que terá, sim, o apoio de todos nós Vereadores de Porto Alegre, para trazer a conquista da isonomia a todos os servidores do Município. Um abraço. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, esta matéria tem duas Emendas, e, antes de iniciar a votação, eu lerei as Emendas para que não haja dúvidas.

Emenda nº 01 ao PLE nº 020/07 (Lê.): “Suprima-se o parágrafo único do artigo 47-A”.

Art. 47-A. (Lê.): “Ao funcionário afiançado que, no exercício das atribuições de seu cargo ou função deva pagar ou receber em moeda corrente, é assegurada a percepção da gratificação de quebra de caixa fixada em 30% da remuneração”.

O Parágrafo único, que está sendo suprimido pela Emenda, se assim for entendido pela Casa (Lê.): ”A gratificação de que trata este artigo é incompatível com o Regime Especial de Trabalho de Dedicação Exclusiva”.

A Emenda, está, portanto, suprimindo este parágrafo único, do artigo 47-A.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 020/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Emenda nº 02 ao PLE nº 020/07. Acrescenta Parágrafo 1º ao artigo 47-A. (Lê.): “A gratificação de quebra de caixa de que trata o caput deste artigo é devida aos funcionários afiançados a partir do sexagésimo (60) mês anterior à promulgação desta Lei”.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Valter Nagelstein e outros, a Emenda nº 02 ao PLE nº 020/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 12 votos SIM, 18 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

 

(O Ver. Dr. Thiago Duarte solicita fazer sua Declaração de Voto.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Dr. Thiago, V. Exª pode até fazer sua Declaração de Voto ao microfone, mas, para constar nos autos, é preciso que ela seja materializada.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Eu, como funcionário público municipal, me declaro impedido de votar a favor ou contra essa Emenda, que retroage... Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Valter Nagelstein, o PLE nº 020/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 32 votos SIM. (Palmas.)

Srs. Vereadores há dois Projetos que tratam de Declaração de Utilidade Pública: PLE nº 045/08 e PLE nº 048/08. Requeiro que sejam votados em bloco. (Pausa.) Em votação o Requerimento de autoria desta Presidência. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5547/08 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 045/08, que declara de utilidade pública a Escolinha de Educação Infantil Cantinho dos Piás.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5666/08 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 048/08, que declara de utilidade pública a Associação do Voluntariado e da Solidariedade – AVESOL.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Verª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Toni Proença: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão, em bloco, o PLE nº 045/08 e o PLE nº 048/08. Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação, em bloco, o PLE nº 045/08 e o PLE nº 048/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 9768/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 026/07, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que altera o “caput” e inclui § 3º, ambos no art. 4º da Lei Complementar nº 317, de 22 de março de 1994, alterada pela Lei Complementar nº 539, de 29 de dezembro de 2005, que disciplina a afixação de placas indicativas com nomes de logradouros na zona urbana do Município, em imóveis localizados em esquinas, estabelecendo o conteúdo dessas placas.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Elias Vidal : pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLCL nº 026/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5287/08 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/08, de autoria do Ver. Adeli Sell, que acrescenta art. 6º-A e altera o “caput” do art. 7º, ambos da Lei Complementar nº 320, de 2 de maio de 1994, que dispõe sobre a denominação de logradouros públicos e dá outras providências, e alterações posteriores, dispondo sobre a oficialização de logradouros públicos irregulares ou clandestinos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLCL nº 019/08. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCL nº 019/08.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, parece algo banal, mas é de extrema importância mexer na legislação de denominação de ruas. Nós aprovamos nomes de ruas aqui que absolutamente não valem nada; se a SPM não colocar, não registrar, não regulamentar, não estará no mapa, você não terá CEP, você não terá vida legal.

Eu queria dialogar com todas as Bancadas, em especial com os componentes da do PDT com os quais tenho conversado sobre o tema. O Secretário inclusive me ligou e disse que há algumas questões técnicas que o pessoal da Secretaria levantou, mas eu disse ao Secretário que nós iríamos conversar.

É o seguinte: esta é uma legislação para dar vida, para dar consequência aos nomes de rua. As pessoas não estão conseguindo se inscrever para concursos, porque, quando chegam lá, baixam o sistema, e as suas ruas não estão na SPM. O que eu quero com isso é uma coisa simples: se foi aprovado aqui, vale o nome da rua. Afinal de contas, somos tão criticados por dar nomes de rua... Eu dei uma meia dúzia de nome de ruas, porque a comunidade pediu, solicitou. Isso deveria ser uma coisa frequente do Executivo, que não é feita, e vem de tempos; faça-se justiça! É que, ao longo dos anos, a SPM deixou de ter um papel de planejamento, de organizar a Cidade, de ordenar a Cidade, de reunir a comunidade, ver o nome, nominar, e assim ter CEP, para fazer habitação, para fazer financiamento. Eu fui a uma comunidade do bairro Lomba do Pinheiro, a 50 metros da Estrada João de Oliveira Remião; a pessoa não conseguiu fazer um financiamento do seu automóvel: teve que colocar o endereço de uma pessoa da família, que mora em outra Região! Isso não tem cabimento!

Há outros Vereadores que, ao longo dos anos, fizeram um movimento sobre denominação de ruas; Inclusive o Ver. Nedel tem feito um esforço grande nesse sentido. Eu vou dar um exemplo: há pessoas aqui de uma comunidade da Zona Sul, lá do Rincão, cuja rua eu denominei em homenagem a uma pessoa que foi tragicamente morta, a comunidade deu o nome da rua, quis esse nome, mas não vale de nada. É muito simples. Eu quero, inclusive, dedicar este Projeto a pessoas que estão aqui no Plenário, porque foram elas, com a minha Assessoria, que redigiram, verificaram a questão legal, e, portanto, essa matéria não é de minha autoria, eu sou apenas a pessoa que fez o movimento para que isso acontecesse em defesa das pessoas da Cidade. Portanto, rendo minhas homenagens àqueles que auxiliaram a fazer uma coisa muito simples para que as ruas sejam efetivamente legalizadas em Porto Alegre. Não adianta aprovarmos leis aqui se depois não funcionam na SPM. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLCL nº 019/08.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Quero aproveitar, nobres colegas Vereadores, Sr. Presidente, e retroagir um pouco para um Projeto que foi aprovado, que tem a ver também com este Projeto que está sendo discutido neste momento. Porto Alegre realmente deve à sua população uma resposta quanto aos nomes de ruas, números dos prédios, recebimento de correspondência - um direito inalienável do cidadão brasileiro. Caminha-se alguns metros dentro de Porto Alegre e verifica-se que há cidadãos não recebendo sequer correspondência. Quantos e quantos Pedidos de Providências foram feitos nesse sentido, durante os quatro anos em que fui Vereador aqui, Ver. Brasinha? E os impedimentos eram imensos. Inclusive a falta de remuneração para contratar carteiros fazia com que o Correio dissesse que não poderia alongar a distribuição, completar a distribuição da correspondência para o cidadão. Fico satisfeito, hoje, em ver um Projeto ao menos trazendo um pouco mais de clareza para aqueles que, de repente, procuram algum endereço em Porto Alegre; pessoas que vêm de fora da cidade se queixam uma barbaridade que não acham os endereços em Porto Alegre. E podemos colocar, ao menos, na casa da esquina o nome daquela rua.

Eu encaminhei, Sr. Presidente, um Projeto nesse sentido. Sugiro que conversem com um taxista, conversem com um transeunte, conversem com um morador, conversem com aquele que procura um endereço em Porto Alegre, e todos aplaudem o Projeto, e o referido Projeto sequer entra em discussão neste plenário - o de colocar o nome da rua nos prédios e o número em todos os prédios que tenham propaganda, luminosos, lá no canto direito. Dessa forma, não precisaremos parar o carro para procurar o número. Muitas vezes, o taxista tem de parar para ver em que altura anda para poder entregar o objeto do transporte, que é o passageiro. Isso não altera o custo. Falaram que estava exorbitando o direito de polícia. E foi isso que disseram, também, sobre aquele Projeto dos capacetes em Porto Alegre; inclusive tivemos de lutar na Justiça do Estado, derrubando as ADIns, derrubando as inconstitucionalidades, e está aí o Projeto funcionando.

Gente, precisamos dar isso para a nossa população! Não é custo, é vontade política! Vamos iluminar esta Cidade, deixar esta Cidade com endereço, uma cidade factível de ser achado o endereço do cidadão que aqui mora.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ismael, admiro o seu trabalho; a única coisa de que discordo é quanto a botar o número do prédio num luminoso, porque um cidadão que tem a sua empresa, e vai se mudar, ele vai ter problema na pintura do seu luminoso.

Eu vou votar a favor do Projeto, mas vamos botar as placas nas esquinas, nas casas e nos muros.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Só que esse número é pequeno, à direita, Ver. Brasinha; e isso será bom inclusive para a sua empresa.

É passar na frente, olhar para a sua placa, e ver, também, o nome da rua, o número. Quer dizer: favorece a propaganda da sua empresa, aquele numerozinho, e todo mundo vai saber que ali é o número do prédio dessa rua.

O seu Projeto é meritório, Ver. Adeli Sell. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para discutir o PLCL nº 019/08.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ver. Adeli Sell, Ver. Ismael Heinen, não paira dúvida a respeito do mérito do intento. As intenções são todas muito boas, porém, cabe-me, incumbe-me na função que ocupo da Liderança do Governo, Ver. Mauro Zacher, de expressar a V. Exas a posição da Administração Municipal com relação a este assunto. E assim o faço, Ver. João Pancinha, Ver. Dr. Raul, no sentido de compartilhar com os meus companheiros de base de Governo, qual é a orientação, até para que nós possamos, no trabalho que estamos fazendo do Plano Diretor, nos dedicar, exatamente, à solução deste problema, que não deixo de reconhecer, pois causa contratempos de toda ordem.

Conversei com o Secretário Municipal do Planejamento, Ver. Márcio Bins Ely, ontem, e conversei hoje, novamente, com o Secretário, e diz o seguinte, a Secretaria Municipal do Planejamento (Lê.): “A Lei Complementar nº 320/94, ao permitir a denominação de logradouros irregulares ou clandestinos de uso público, tem como principal objetivo possibilitar a identificação da residência dos munícipes e orientar os serviços públicos. Já a oficialização de logradouro requer necessariamente a análise de pré-requisitos essenciais na via a ser oficializada, tais como: comprovação de uso público há mais de vinte anos; [até para fins legais, no caso do usucapião] existência de serviços de rede de energia elétrica; existência de rede de abastecimento de água; possuir largura mínima a ser compatibilizada com o anexo 9, da Lei Complementar nº 434/99, e possuir ligação com logradouro público oficial”.

Srs. Vereadores, e eu peço a atenção de V. Exas para isso, é entendimento da Secretaria Municipal de Planejamento que o PLCL nº 019/08 é conflitante com a Lei Complementar nº 320/94, na medida em que vai dificultar, ou mesmo impossibilitar a denominação de logradouros, já que a oficialização concomitantemente à denominação somente será possível em caso de atendimento dos pré-requisitos acima enumerados.

Os procedimentos atuais para a denominação seguem as normas da lei Complementar nº 320/94, e alterações posteriores, que não exigem os pré-requisitos acima citados.

Portanto, a Secretaria Municipal do Planejamento é contrária ao PLCL nº 019/08, pois entende que, além de dificultar os processos de denominação de logradouros, transfere ao Município o ônus e a responsabilidade da implantação de serviços de infraestrutura, incentivando, dessa forma, o parcelamento irregular e clandestino do solo; contraditório, inclusive com as manifestações várias, Vereadores, e reiteradas da Bancada do Partido dos Trabalhadores que sistematicamente têm sido contrárias a todas essas discussões apartadas da discussão do Plano Diretor. E diz mais: “...estes, por sua vez, não atendendo à legislação específica do parcelamento do solo, deixarão de atender aspectos urbanísticos e ambientais previstos no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, podendo ocasionar sérios riscos à Saúde Pública e a qualidade de vida, bem como, por exemplo, a não observância de reserva de áreas e parques, [Ver. Beto Moesch] praças e escolas, [Verª Juliana Brizola] bem como a contaminação do lençol freático e a ocupação indevida de áreas de preservação e áreas de risco.”

Esta é, Srs. Vereadores - e volto a dizer que os méritos e os intentos podem ser os melhores possíveis -, a posição oficial do Governo Municipal. Portanto, eu solicito, eu faço um apelo a V. Exas no sentido de que o presente Projeto, inobstante todos os seus méritos, seja rejeitado e que esta discussão seja trazida no âmbito e no bojo do Plano Diretor da nossa Capital. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLCL nº 019/08.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, quero, em primeiro lugar, ressaltar aqui o mérito do Projeto de autoria do Ver. Adeli, porque levanta neste Plenário mais uma oportunidade para que nós possamos discutir irregularidades nas comunidades de Porto Alegre. Como o Vereador está pedindo, inclusive, mais tempo para debater, vou me centrar aqui na fala do meu prezado colega, Líder do Governo, Ver. Valter Nagelstein, que atribuiu, na sua fala aqui, uma responsabilidade ao Partido dos Trabalhadores, mas que é justamente inversa à sua afirmação. Quero dizer ao Ver. Valter Nagelstein que sempre temos trazido a este Plenário o tema da irregularidade; temos provocado discussões sejam elas nas nossas comissões ou fora delas.

Aqui quero que o senhor faça justiça, Ver. Valter: que o senhor pegue o Plano Diretor e venha aqui identificar onde está o estudo do Executivo reconhecendo as 800 vilas irregulares, e apresentando no Plano Diretor um projeto para sua regularização. Compare o estudo que este Vereador, como membro do Partido dos Trabalhadores, apresentou no ano passado, como uma Emenda a esta falha do Executivo. Portanto, o senhor não está autorizado, em nome do nosso Partido, a vir aqui e dizer que o Partido dos Trabalhadores é contra a tratar sobre esses temas da regularização fundiária. Aí não dá; aí não dá, meu querido!

 

O Sr. Valter Nagelstein: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só estou reproduzindo a posição de V. Exª que é pública, a posição pública do seu Partido, aliás a TVCâmara não me deixa mentir, porque podemos fazer qualquer coisa aqui, só não podemos enganar a realidade. A posição do seu Partido tem sido a de jogar todas as questões para a discussão no Plano Diretor. Não diga que estou mentindo quando digo isso! Tem sido a posição do seu Partido, e é preciso, por amor à verdade, eu reiterar isso. Muito obrigado, Vereador.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Valter, a partir deste momento, o senhor está desautorizado a reproduzir isso em nome do nosso Partido, o Partido dos Trabalhadores! Se o senhor reproduziu isso em nosso nome, foi por sua livre e espontânea vontade, tendo uma postura de equívoco na política, porque a nossa posição sempre foi no sentido de que a Cidade tenha um projeto, tenha um planejamento, e que o processo de planejamento participativo seja executado na essência do que diz esse conceito, que é uma integração dos conhecimentos populares com os conhecimentos técnicos.

Quando estamos tratando aqui um Projeto de autoria do Ver. Adeli Sell, que é da Bancada do Partido dos Trabalhadores, e que trata de um tema da regularização fundiária, quero-lhe dizer que a nossa Bancada tem militado neste tema. Fizemos um estudo completo no ano passado, que eu tive o prazer de coordenar e apresentar a esta Casa, identificando 726 vilas irregulares e apresentando, como sugestão ao Governo, inclusive - porque o Governo não fez este estudo, não elaborou e não mandou para a Casa o Projeto para nós podermos, no Plano Diretor, reconhecer todas as vilas irregulares de uma vez por todas.

Então, é uma questão de método e de conceito. Quero-lhe dizer mais, Ver. Valter: junto com mais cinco Vereadores da base, ontem, na CUTHAB, coordenei um trabalho, apresentamos uma Emenda para dar sustentação e votar um Projeto, na semana que vem, para reconhecer 29 AEIs. Quem construiu, quem coordenou a Emenda? Foi este Vereador, aqui.

 

O Sr. Valter Nagelstein: Negativo, foi a base do Governo que construiu isso. Perdoe-me, foi a base do Governo que construiu isso.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: O senhor está mentindo. Estão aqui os meus colegas Vereadores e sabem quem trabalhou.

 

O Sr. Valter Nagelstein: Não é verdade, nós é que pedimos priorização. Não é verdade!

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: É a sua palavra contra a minha; é a palavra de quem estudou e executou contra a palavra de quem está querendo desconstituir um trabalho de quem trabalha. Com todo respeito ao senhor, Vereador, mas o senhor está mal informado! Eu queria que o senhor, neste momento, consultasse o Ver. Paulinho Ruben Berta, o Ver. Tessaro, o Ver. Brasinha e o Ver. João Pancinha. Eu propus, levei democraticamente, debati com todos. Acabamos de passar a Emenda, onde todos assinaram. Portanto, para concluir, V. Exª não pode dizer que nós somos contra, que nós não estamos contribuindo; não leve o debate nesse sentido, pois não é este o debate. O que a Cidade realmente espera é a regularização fundiária, e nós somos parte desse processo e queremos contribuir com todos os Partidos, com todos os Vereadores, para tirar a Cidade da exclusão. Muito obrigado, Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a presença do Ver. Francisco Dias, Vereador do PMDB da nossa querida Cachoeirinha; seja bem-vindo à nossa Casa, Vereador. Obrigado, pela presença.

Srs. Vereadores, preciso esclarecer esta matéria. Solicito especialmente ao Ver. Engenheiro Comassetto e ao Ver. Valter Nagelstein. Há duas semanas, ouvi muitas solicitações à Presidência da Casa, de várias Lideranças, não de todas, para uma audiência com o Presidente para incluir esta matéria na votação. Recebi, naquele momento, e liguei para o Gabinete do Líder do Governo, dizendo que se tratava de um Projeto do Governo, e pedi para que ele assistisse à reunião; ele assistiu à reunião, em que a reivindicação foi colocada, e concordou com a matéria. Eu solicitei à minha Assessoria que convidasse todas as comunidades, e convidei todos os Vereadores, sob a minha Presidência, e fui lá na Comissão, numa quinta-feira, em que estiveram 17 Vereadores presentes, na CUTHAB, e lá nós fizemos um acordo coletivo de votar essa matéria, sendo que o Vereador não estava, mas estava a sua Assessoria, que deu o acordo.

Portanto, este é um acordo coletivo, que a Presidência da Casa coordenou e que poderia ter feito isso até pessoalmente, mas, como sempre, o Presidente da Casa divide com todos os Vereadores a responsabilidade de construir não só esta como qualquer outra matéria. (Palmas.) Então, portanto, fica esclarecida a matéria; devidamente esclarecida.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Melo, o senhor só esqueceu de dizer que foi o tema de debate aqui, e que, como Relator do processo, identificando uma falha, construímos uma Emenda para ajudar a qualificar o processo. Portanto, o Líder do Governo não pode dizer que nós fomos contra e que não contribuímos para qualificar o processo; é isso que está em debate.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: V. Exª foi quem disse isso.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Sou testemunha de que V. Exª estava presente à reunião. Houve uma Emenda que foi distribuída, e a presidência rodou naquele momento, e a distribuiu para alguns Líderes, e naquele momento convidei a comunidade para vir, na quinta-feira passada, à Comissão; aqueles que quisessem discutir a matéria. Portanto, V. Exª, sim, estava lá, e propôs a Emenda.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Adeli Sell, solicitando adiamento da discussão, por duas sessões, do PLCL nº 019/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas da 1ª à 8ª Sessões Ordinárias, a da 9ª Sessão Declaratória Ordinária, da 10ª até a 15ª Sessões Ordinárias, e da 1ª à 3ª Sessão Extraordinária. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, é muito breve; hoje pela manhã, eu recebi, no Salão Nobre, uma comissão de alunos e professores, junto com o Presidente do Sinpro, para falar sobre o tema da Ulbra. Eles pedem à nossa Casa - e devem formalizar isso hoje à tarde - para darmos um apoio, um suporte para mudanças que têm que acontecer; os professores estão em greve. Então, conforme os encaminhamentos, eu elaborei dois ofícios: um para a Comunidade Evangélica Luterana, para o Presidente, Sr. Delmar, e, outro, para o Ministério da Educação. Eles solicitam duas medidas: a retirada do atual Reitor da Ulbra, porque não há mais condições políticas nem técnicas de resolver a crise, e nem de dar continuidade à Universidade; e a retomada do pagamento dos salários atrasados dos professores e dos funcionários.

Então, eu queria socializar isso. Já conversei com o Ver. DJ Cassiá, e nós, enquanto Comissão de Educação, faremos uma Audiência Pública. Quero, na sequência, passar os dois ofícios para todos os Vereadores assinarem, para que seja uma manifestação da Casa, Sr. Presidente, em apoio às comunidades acadêmicas da Ulbra.

 

O SR. DR. RAUL: Só para contribuir, Sr. Presidente, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente já deliberou, também, por uma Audiência Pública em relação à questão da Ulbra.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Engenheiro Comassetto, é sobre a matéria?

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Não, Sr. Presidente, é sobre a matéria anterior.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Sofia Cavedon, é altamente pertinente a matéria colocada. A presidência, nos seus limites, está à disposição para construir coletivamente e envolver todos os segmentos. O assunto é de interesse não só para Porto Alegre, mas para todo o Rio Grande do Sul, especialmente para a nossa Cidade. Portanto, é pertinente a matéria, e tem que ser tratada em caráter urgente urgentíssimo. Eu solicito que V. Exª trate deste assunto com o Diretor Legislativo para que ele tome as providências.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, hoje pela manhã eu tive esse retorno da sua assessoria, inclusive se o Presidente da Casa estivesse presente seria muito importante, porque o peso da sua participação é muito importante, tamanha é a crise. Nós somos muito pequenos, digamos assim, para ajudar numa situação tão dramática. Então, a DL ajudará na implementação dos encaminhamentos. Obrigada.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, eu trago para entregar a V. Exª e também para o Ver. Valter Nagelstein, e como produzimos isso ontem, talvez não seja do conhecimento de todos a Emenda produzida nós e assinada por todos os membros da CUTHAB, a título de conhecimento e para dirimirmos qualquer dúvida do debate anterior. Muito obrigado.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Só quero reiterar, Sr. Presidente, que isso foi priorizado, a partir de uma solicitação de V. Exª, pela base do Governo, pela Liderança do Governo que foi quem decidiu fazer a priorização, submeteu aos Vereadores, e aí foi feito o acordo. Se não fosse essa determinação, Ver. Comassetto, nós não estaríamos discutindo esse assunto.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Não tenho dúvida disso. Mas a autoria da Emenda foi proposta por este Vereador, do Partido dos Trabalhadores, e construída com os demais Vereadores. Portanto, nós produzimos em conjunto os temas. Esta é a nossa divergência. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O tema está esclarecido; agradeço as contribuições dos Srs. Vereadores.

Convido os Srs. Líderes de Bancada para uma rápida conversa aqui com a presidência. (Pausa.)

Solicito aos Srs. Vereadores que retornem às suas bancadas. Está encerrada a Ordem do Dia.

O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

(O Ver. Adeli Sell reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; caros colegas Vereadores, hoje vimos a esta tribuna trazer uma grande preocupação que, inclusive, foi tema do nosso debate hoje pela TVCâmara, caros telespectadores - certamente vai ao ar nos próximos dias -, que é a questão vinculada a leilão de equipamentos do Grupo Hospitalar Conceição. (Lê.): “Ações trabalhistas sugam recursos do Conceição”. Isso, na verdade, revela duas grandes situações; é importante que esta Casa esteja inteirada e que, realmente, possa discutir esses temas principalmente nas suas Comissões, especialmente na Comissão da qual nós fazemos parte, Dr. Raul, que é a Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Ontem, foi leiloado um aparelho gerador de marca-passo em função de dívidas trabalhistas do Grupo Hospitalar Conceição. É importante sempre refutar que os grandes grupos hospitalares da Cidade funcionam de resguardo terciário do nosso sistema de Saúde. Baseadas na Central de Marcação de Consultas, as pessoas têm a guarida da consulta especializada nos hospitais terciários. Então, eles são de fundamental importância para a Cidade.

Em um tempo em que a gente discute a questão da Ulbra - também nos preocupa bastante a questão do Hospital da Ulbra, principalmente em função dos problemas de gerenciamento que houve lá - a gente começa a olhar para a Ulbra...

 

(Conversas paralelas no plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Vereador, vou pedir um minuto, para que o Plenário seja restabelecido, que as pessoas possam fazer silêncio para ouvir o Ver. Dr. Thiago Duarte na tribuna.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Obrigado, Ver. Adeli Sell. A gente olha para a Ulbra e vislumbra um futuro que não quer que ocorra com os outros hospitais, principalmente com o Hospital Conceição. E o que nos deixa ainda mais estarrecidos é quando observamos a manifestação de um dos seus Diretores, em palavras textuais: “Esse caso do gerador de marca-passo, que foi leiloado, temos outros 23 aparelhos iguais. É verdade que praticamente todos nossos equipamentos já estão penhorados”. O que nós podemos esperar de uma instituição hospitalar que penhora os seus aparelhos de marca-passo? Já conversamos aqui sobre outros casos que têm ocorrido por lá, de pacientes que vão, via documento de referência e contrarreferência, para o Grupo Hospitalar Conceição e são orientados a fazer ecografia fora dele! Mas será que o Grupo Hospitalar Conceição, com essa magnitude, não tem um aparelho de ecografia funcionando? Será que não tem? E a gente começa a observar que os aparelhos de marca-passo estão sendo leiloados. Mas por que isso? Por que essa situação chegou a esse ponto? Aí nós vamos a um passado bem próximo e vemos o porquê: “Carta aberta a pacientes e usuários do Grupo Hospitalar Conceição” - por gentileza, se a TVCâmara pudesse focar -, é uma carta dos funcionários do Grupo Hospitalar Conceição, da sua Associação, que denuncia os problemas em decorrência da má gestão; os problemas que vêm sofrendo os trabalhadores em decorrência da má gestão.

Então, é fundamental que a COSMAM olhe isso, que compare essa questão vinculada à má gestão. Aqui já foi falado “Ah, porque a Prefeitura Municipal de Porto Alegre gasta milhões com propaganda...” Mas quanto será que custa esse tipo de propaganda aqui? Enquanto se leiloa aparelhos de marca-passo, para informar as atividades do Hospital se faz esse tipo de material aqui que custa uma fortuna. É importante cuidar da probidade da máquina pública, é um fato que nos preocupa muito. Se nós começarmos a leiloar aparelhos de marca-passo, daqui a pouco nós vamos estar leiloando respiradores de UTI.

Então, é importante que todos os Vereadores tenham ciência disso, bem como a comunidade de Porto Alegre, e estejamos atuantes e vigilantes a esse tipo de situação. Um abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Adeli Sell; nobres colegas Vereadoras e Vereadores, quero aproveitar, nesta oportunidade, para desejar ao meu Líder do Democratas que seus exames de saúde correspondam aos anseios de nós todos aqui nesta Casa, e que o nosso Ver. Reginaldo Pujol, segunda-feira, esteja firme juntamente com os senhores. Sinto-me honrado em poder substituir um João Antonio Dib e Vereadores do quilate de Ver. Reginaldo Pujol.

Eu quero colaborar um pouco mais com o que o Ver. Dr. Thiago colocou a respeito do Hospital Conceição. Isso vem demonstrar que a Administração pública, o Estado, a sua gestão, tem muito a ver com os dissabores do nosso País. Veja a gestão desse Hospital, Ver. Dr. Thiago, se fosse um hospital particular, com certeza estaria com as portas fechadas. Em 2008, 78 milhões de reais foram gastos em causas trabalhistas; em 2009, 105 milhões de reais já foram gastos em causas trabalhistas, de uma receita de 700 milhões de reais - 15% da receita dos nossos impostos colocados no lixo, no desleixo administrativo. Dr. Raul, 50 mil aparelhos do Hospital Conceição estão penhorados. O que estão fazendo com o dinheiro do povo, com essa avalanche de impostos que são cobrados dia a dia, e nós vermos estampado esse desleixo administrativo em nome dessa corrente que se diz socializante, que é a boa administração, a administração pública. Irresponsável!

Isso seria causa de CPI, Dr. Thiago! Pasme, Ver. Valter Nagelstein, ao saber do motivo dessas duas causas trabalhistas: uma, retiraram o anuênio dos funcionários e não fizeram a contrapartida - diminuição de salários; outra, aumentaram a carga horária de 180 para 220 horas sem a correspondente atualização salarial. Não precisa nem ter advogado para querer defender essa instituição. O que fazem os nossos sindicatos, alienados de um problema sério? Ou isso tudo é combinação? Será que não é combinação? Sete mil causas; quatro mil e 600 causas ainda para serem julgadas. Isso faz com que a gente, toda vez que chega o final do mês - no Imposto de Renda, no saquinho de leite em que a gente paga ICMS - tenda a ficar um pouquinho magoado, revoltado com essa avalanche de impostos.

A última, Ver. DJ, um projeto maravilhoso: Criança Aprendiz. As crianças voltam ao mercado de trabalho, mas quem paga, Ver. Brasinha? Quem paga o Criança Aprendiz? Um Projeto maravilhoso, toda empresa, toda microempresa que tenha dez funcionários tem que alcançar para este programa o custo de uma criança aprendiz. Mas os nossos impostos estão fazendo o quê? Para quê? Vamos eliminar os impostos e vamos fazer o seguinte: tudo será pago pelo Governo. Seria talvez o caminho mais certo, seria o caminho, talvez, que não nos deixasse tão revoltados com essa carga tributária que temos que pagar.

Sobre o que eu queria realmente tratar, mas já que foi trazido esse problema sério da gestão pública - não questiono nem quem é o presidente, diretor ou administrador desse hospital -, eu já acho que isso é questão de gestão pública neste País! Parece que a Polícia Federal só se manifesta quando ela quer, politicamente, pois onde ela tem que se manifestar ela não se manifesta.

Talvez eu volte amanhã para abordar a questão habitacional, qual seja, esse um milhão de casas, pois eu acho que nós temos que nos agilizar, senão Porto Alegre não será contemplada. Já há um Projeto que foi aprovado em 2005 e já se tornou Lei, mas parece que é uma edição. O Projeto foi aprovado nesta Casa em 2005, foi sancionado pelo Sr. Prefeito, está parado até hoje no DEMHAB e vem ao encontro da atual Lei, restringindo em três salários mínimos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, para mim, o dia de hoje é motivo de alegria, de mais uma caminhada, de mais uma trajetória, Ver. Adeli, já que V. Exª também é gremista, e eu tenho certeza absoluta de que o senhor vai torcer pelo nosso time, pelo nosso clube, que é a verdadeira paixão dos gaúchos. Hoje, certamente, nós vamos rever o nosso Grêmio jogando no Chile - e ainda estamos sem técnico - rumo àquela caminhada já feita em 1983, quando nós conquistamos, pela primeira vez, a Taça Libertadores da América, e logo depois fomos a Tóquio. Nos anos 80, o Grêmio deu uma aula para o mundo, para o Brasil, para a América Latina, mostrando Porto Alegre para o mundo. Ontem, no almoço, o presidente do Sindicato dos bares e hotéis, Ver. DJ Cassiá, falou da nossa tradição, dos gaúchos, dos CTGs, que levam a nossa história para outros Estados, para outros países, mas ele esqueceu que quem liderou essa caminhada, quem mostrou o Rio Grande para o mundo foi o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Quantos jornalistas - o Ver. Haroldo de Souza não está aí agora, mas, Ver. Pedro Ruas, o senhor que é a nossa autoridade gremista, o nosso conselheiro gremista -, quantas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer a América Latina, conhecer o mundo todo, através do Grêmio? Existem muitos jornalistas que quando têm alguma coisa para falar do Grêmio, quando vêm pegar “no pé” do Grêmio, primeiramente eles têm que voltar lá atrás e lembrar que, se eles conheceram o Japão, conheceram o Chile, a Argentina, conheceram toda a América Latina, devem isso ao Grêmio. Esse Grêmio que nós temos, Ver. Pedro Ruas, que eu tanto gosto e amo de verdade... Há pouco tempo eu estava falando com o Ver. Tarciso, dizendo sobre quantas vezes eu, como torcedor, o encontrei nos hotéis, porque eu viajava atrás do Grêmio. Quantas vezes nós fizemos festa, juntos, no Consulado do Grêmio? O Ver. Pedro Ruas foi um dos amigos que fez uma festa em Cachoeirinha para homenagear os fanáticos gremistas. Eu quero agradecer ao senhor, Ver. Pedro Ruas, por ter reconhecido e feito aquela homenagem a mim, a este torcedor simples que sou, mas cheio de paixão e cheio de amor pelo Grêmio. Eu costumo dizer que o Grêmio é uma religião para mim, é uma paixão e, quanto a isso, eu jamais vou mudar. Gostaria de dizer que também tenho muito orgulho, Ver. João Pancinha, de conviver com meus colegas Vereadores colorados. Mesmo vocês sendo minoria, eu tenho o maior respeito por vocês.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Dr. Thiago Duarte.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade, Ver. Thiago. Se o senhor fizer uma pesquisa hoje, dos 36 Vereadores, nós temos mais Vereadores gremistas do que colorados. E mais ainda, nós temos uma pesquisa recente que anda por aí que diz que certamente o Grêmio continua com a sua torcida crescendo, avançando cada vez mais. Nós somos em torno de 65% de gremistas no Brasil e no mundo. E muita gente, lá na minha terra, que é Três Passos, não ouviu falar ainda no Internacional. Mas no Grêmio, sim; o Grêmio é conhecido. Não tenho nada contra os colorados. Aliás, os admiro muito, mas a gente tem que reconhecer quem é a maioria. Obrigado, senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A Verª Maria Celeste está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, uso o espaço da Liderança do PT em função de que, ultimamente, nos jornais, especialmente nos jornais de ontem e de hoje, nós estamos assistindo a mais um capitulo da novela do Pontal do Estaleiro.

Desta vez o empreendedor, a empresa diz que pelo simples fato de esta Casa ter aprovado uma Emenda que colocava restrição à construção de edificações a 60 metros da orla, que por causa dessa Emenda estaria totalmente inviabilizado o Projeto. E, a partir dessa discussão feita nesta Casa, e à época a Bancada do PT dizia, acusava, denunciava que, da forma açodada como são feitas as discussões dos Projetos Especiais nesta Casa, nós passamos para a sociedade, para a cidade de Porto Alegre a impressão de que não sabíamos o que estávamos fazendo.

Quero aqui reafirmar que a Bancada do Partido dos Trabalhadores e - tenho a absoluta certeza - a Bancada do PSOL sabiam exatamente o que estavam votando na Emenda de autoria do Ver. Airto Ferronato, do PSB. Nós tivemos o cuidado de procurar construir coletivamente o entendimento sobre essa Emenda. É importante colocar isso para a Cidade, porque parece que a Câmara Municipal não estuda, não busca construir projetos importantes para a Cidade. E aquilo que para nós estava em jogo nesse Projeto, a preservação ambiental, a possibilidade de não haver a privatização da orla da Cidade, para nós foi expressada, sim, na Emenda do Ver. Airto Ferronato. Por isso, nós sabíamos, e sabemos, o que estávamos votando, o que votamos, e o que queremos para aquela ponta, a Ponta do Melo, cujo regime urbanístico, ali estabelecido, o empreendedor, habilmente, queria mudar. E por diversas vezes, inúmeras vezes viemos à tribuna naquela tarde e colocamos a nossa indignação pelo fato de um Projeto especial ser votado daquela forma, e dissemos que já havia a Lei nº 470, o regramento específico para aquela Lei. Não fomos ouvidos! Não fomos ouvidos! Agora, parece que o empreendedor não tem mais interesse e quer colocar uma responsabilidade em cima dos Vereadores e da Câmara Municipal, que não nos cabe, especialmente às Bancadas de oposição desta Casa. Porque nós construímos a possibilidade daquilo que nós entendemos como importante do ponto de vista da preservação ambiental da Cidade, do significado, do sentido, do conceito de cidade sustentável que nós queremos para o futuro de Porto Alegre.

Era isto que estava em jogo quando nós colocamos e aprovamos aquela Emenda: estava em jogo a preservação da Orla, a luta contra os espigões, a especulação imobiliária, estava em jogo o respeito à legislação ambiental. Por isso nós votamos, por isso nós queremos, sim, que a Emenda que nós produzimos junto com o Ver. Airto Ferronato não seja vetada pelo Prefeito, que o Prefeito Fogaça assuma a sua responsabilidade sobre esse Projeto especial, que foi amplamente articulado por sua base de Governo aqui na Câmara Municipal.

Para concluir, eu quero aqui aceitar o desafio do Ver. Valter Nagelstein, aceitar o desafio na questão dos Projetos Especiais, porque eu tenho vindo a esta tribuna e tenho dito, sim, que todos os Projetos pertinentes ao Plano Diretor, especialmente os Projetos Especiais, sejam remetidos para discussão na Comissão Especial do Plano Diretor. Já falei diversas vezes, mas agora eu vou protocolar um Requerimento ao Sr. Presidente desta Casa, Ver. Sebastião Melo - que está representado aqui pelo Ver. Adeli Sell -, solicitando que todos os Projetos Especiais, especialmente os do Governo, que dizem respeito ao Plano Diretor da Cidade, sejam encaminhados para discussão na Comissão Especial. Já fiz esta solicitação várias vezes, mas agora farei formalmente, encaminhando ao Sr. Presidente desta Casa um requerimento com tal solicitação. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. RAUL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, a minha primeira manifestação é para dizer a minha posição, mais uma vez, sobre a questão do Pontal do Estaleiro, porque eu me manifestei, na primeira votação desta Casa, contrariamente ao Projeto e, se houver referendo, votarei contrariamente ao Projeto, novamente.

Agora, eu aprovei o Projeto enviado pelo Executivo, e aprovei também a Emenda do Ver. Airto Ferronato. Por quê? Porque eu acho que este Processo passou a ser maior que cada Vereador, ele passou a ser da Cidade, e como tal deve ser respeitado, independentemente de qualquer manifestação do empreendedor. Eu acredito que deve ser realizada a consulta popular, porque nós não estamos aqui para o empreendedor dizer o que a Câmara tem ou não tem que fazer. A Câmara tem as suas posições e como tal devem ser respeitadas.

Em relação ao que foi falado sobre a área da Saúde, nós temos que ter muito cuidado em respeito às entidades, principalmente com as entidades estabelecidas e que prestam um serviço público de grande magnitude, como é o caso do Hospital Nossa Senhora da Conceição, como é o caso do Hospital de Clínicas, que aqui já foi citado. Devemos ter muito cuidado no manejo dessas questões, pois, em vez de fazermos uma melhoria para a Saúde pública, podemos, com algumas posições que por vezes envolvam algum grau de demagogia ou coisa assim, fazer repercutir negativamente na Saúde pública. Eu acredito que nós, como Vereadores, temos que fiscalizar efetivamente essas questões. Eu vejo, por exemplo, a gestão do Hospital Conceição fazendo o melhor possível por aquela Instituição, mas sabemos que, ao longo dos anos, essa questão trabalhista é uma questão dura enfrentada por qualquer gestão lá, inclusive o futuro do Hospital Conceição também está em jogo. A gente sabe que existem posições de um lado e de outro, dentro da Instituição, que devemos respeitar, porque, basicamente, não estamos tratando de um hospital que atenda a poucas pessoas, e mesmo que fossem poucas pessoas, teríamos que ter o mesmo respeito. No Grupo Conceição, que atende, praticamente, todo o nosso Estado, temos em torno de oito mil funcionários. Não estamos falando de oito nem de 80, nem de 800; estamos falando de oito mil funcionários que prestam um serviço extremamente qualificado, em um Hospital 100% SUS.

Então, podemos discutir o financiamento, a gestão, mas não podemos deixar de ter em mente o grande benefício que o Hospital Nossa Senhora da Conceição, por intermédio dos outros hospitais que coordena, no caso, o Fêmina, o Criança Conceição, também, o próprio Hospital Conceição e o Cristo Redentor fazem pela cidade de Porto Alegre e pelo Estado como um todo.

O Hospital de Clinicas também é um Hospital que tem a sua Folha de Pagamento vinculada ao Ministério da Educação, é um Hospital que tem lá os seus mais de três mil funcionários, mas que atende também milhares de pessoas. É um Hospital de pesquisa, é um Hospital de atendimento à Educação, e eu mesmo estive lá como estagiário, há mais ou menos 32 ou 33 anos. A minha formação ocorreu lá dentro do Hospital de Clínicas, tendo professores extremamente qualificados. Nós não podemos criar uma situação que faça com que esses professores acabem saindo do Hospital em função de não poderem ter a sua evolução, de não poderem ter a sua pesquisa. Precisamos manter o Hospital de Clinicas como ele é, funcionando de uma maneira que atenda basicamente... Se fizermos uma pesquisa, o Hospital de Clínicas atende praticamente 100% da população de maneira adequada. É um Hospital que transmite credibilidade e bom atendimento, assim como tantos outros que nós temos.

Então, para concluir, eu queria deixar uma mensagem no sentido de que realmente temos que investir na Saúde pública. Estamos também investindo no sentido de que vamos trazer para Porto Alegre as unidades de pronto atendimento 24 horas, para que as nossas emergências deixem de estar superlotadas. Inclusive uma que propomos, e que está em andamento, ali para a Av. Baltazar de Oliveira Garcia, para o Centro Vida, facilitará muito a vida, hoje, da Emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição que, por meio dos seus recursos, tem implementado uma série de novos serviços na Cidade. Então, a cada mês, nós vemos a inauguração de alguma ala nova no Hospital Nossa Senhora da Conceição, algum serviço novo sendo implantado para beneficiar a nossa população como um todo. Saúde para todos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Toni Proença está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, incentivou-me a ocupar esta tribuna a fala da Verª Maria Celeste e, anteriormente, a da Verª Sofia Cavedon, a respeito do Pontal.

Um grupo de arquitetos de reconhecido renome em Porto Alegre fez um estudo que comprova que a Emenda do Ver. Ferronato, aprovada por unanimidade nesta Casa, que exigia 60 metros de afastamento da orla, não é nenhum monstro, uma vez que o próprio Projeto e a própria Lei, o Estudo de Viabilidade Urbana da Lei nº 470 - que é agora a Lei a que se socorre o empreendedor para efetuar o seu empreendimento -, estabelece que tem que ter 30 metros da orla e, depois, 12 metros de rua; são 42 metros, faltando, então, 18 metros - toda essa polêmica se estabelece por 18 metros.

Mais do que isso, o Estudo de Viabilidade Urbana autoriza a construção de 30% da área. Ora, se em toda aquela área nós temos que preservar 42 metros da orla, e só edificarem 30% da área, 60 metros de distância do rio é pouco em função do que se vai decidir no Pontal. A menos que o empreendedor queira localizar os seus prédios todos literalmente na beira do rio, e não me parece que seja isso. Mais do que isso: sou contrário à posição da Verª Maria Celeste. Acho que o Prefeito não tem que vetar só a Emenda: tem que vetar todo o Projeto, e isso remeteria o Projeto à Lei anterior, a de nº 470.

E mais do que isso, o advogado do empreendedor disse à imprensa - ou, pelo menos, a imprensa publicou que ele havia dito, que não existia Projeto para o Pontal do Estaleiro. Mas foi apresentado um anteprojeto aqui na Casa e usado como argumento de convencimento para que se aprovasse a Lei do Pontal do Estaleiro. E, naquele Projeto, tinha, sim, além de uma marina pública, um espaço distante da orla, e uma via de duas mãos para a mobilidade urbana e para a circulação viária.

Então, na verdade, o que existe é que, ao abandonar o interesse pelo regime misto, está sendo voltado o interesse para o regime que já existia. Aí me parece que fica resolvido o impasse dos 60 metros, que isso não era uma aberração, e que esta Câmara estava certa ao aprovar essa Emenda. E, se o Prefeito vetar o Projeto que foi aprovado nesta Casa, ele nada mais faz do que repor a situação no seu devido lugar.

Portanto, espero, ao contrário do que apregoa a Verª Maria Celeste - embora a preocupação dela fosse que não vetasse a Emenda - que o Prefeito vete o Projeto, embora eu seja fundamentalmente a favor da consulta popular. Acho que sempre que a população se manifesta, ganha a Cidade, e ganha a democracia. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em primeiro lugar, quero registrar que ontem à noite foi eleita a nova Coordenação do Conselho Municipal de Justiça e Segurança da cidade de Porto Alegre. Foram eleitos como Coordenador Titular, João Élbio Carpes Antunes, que trabalha conosco, na Bancada do PSB; como Coordenador-Suplente, Helena Bonumá, da Região Cristal; como Secretário Titular, Bruno Knop, da Região Sul; e como Secretário-Suplente, José Valdir. Faço uma homenagem a esses eleitos, registrando que Helena Bonumá e José Valdir foram nossos Vereadores. Recebam o nosso abraço, os nossos cumprimentos. Desejamos muito sucesso.

Também venho a esta tribuna em razão das manifestações acerca do Projeto do Pontal. Quero dizer, sem radicalismos, que a Câmara acertou, quando definiu, quando decidiu o Projeto com a Emenda.

Eu acho que aqui já foi dito praticamente tudo o que precisava ser dito, mas quero dizer e referenciar, mais uma vez, que essa Emenda foi escrita por diversas mãos; que nós aqui discutimos, na época, a questão; que a Câmara não cochilou.

Respeito a posição de diferentes cronistas, que se manifestam nessa posição. A Câmara não cochilou! Alguém de nós é tão ingênuo de acreditar que 36 Vereadores estavam dormindo quando votamos a Emenda?! Não! Claro, nós votamos a Emenda, porque ela é positiva para a cidade de Porto Alegre.

Todos nós - todos nós! - não somos contra o progresso; agora, o progresso precisa chegar dentro de linhas mestras de uma visão estratégica de longo prazo para a cidade de Porto Alegre.

O rio Guaíba é, certamente, a maior beleza que a cidade de Porto Alegre tem. Não é possível escondê-lo. A preservação da margem, de uma parcela de margem, é altamente positiva para a cidade de Porto Alegre, para o cidadão porto-alegrense, para o Estado do Rio Grande do Sul. Ninguém no Estado do Rio Grande do Sul quer ver a cidade de Porto Alegre destroçada: queremos ver uma cidade embelezada, moderna, de futuro. E a Emenda tem essa visão, a de preservar parte da margem do Guaíba, da orla do Guaíba, para a fruição de todo cidadão porto-alegrense.

Então, eu quero fazer este registro, porque acredito que a Emenda não é o fim do Projeto: a Emenda é a grande obra para delimitar o que pode e o que não pode ser feito em Porto Alegre, para dizer que Porto Alegre quer, sim, o seu desenvolvimento, mas de forma ordenada, planejada e analisada sob os seus diferentes aspectos. A orla do Guaíba é um espaço nobre para o cidadão de Porto Alegre, foi assim que pensaram, salvo melhor juízo, a esmagadora maioria dos Vereadores, quando votaram favorável à Emenda. Era isto que eu queria registrar; e dizer da importância, sim, deste debate que vem sendo continuado em Porto Alegre, pois este é o início de um grande Projeto que é um olhar a orla do Guaíba nos seus setenta e dois quilômetros e não apenas de pequenos pedaços. Acho que com isto nós contribuímos para a Cidade, para o futuro da Cidade, para a geração atual e para as novas gerações que virão em Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Toni Proença, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadoras e Vereadores, coube a mim, nesta data, usar o tempo de liderança de oposição, e, como eu sempre digo, oposição tem de ter posição firme: quando o Governo faz uma realização a gente precisa reconhecer que faz. Quero aproveitar aqui a presença da Cibeli, que representa a SMAM, para dizer que fiquei muito feliz em saber que a SMAM começa agora, nesta gestão, a se preocupar com a Praça da Matriz. Eu sei que já está encaminhada a compra das pedras portuguesas, a arrumação dos bancos. É importante que se faça isso, porque o DMLU já foi lá. Agora, falta muita coisa, e eu vou continuar a discutir essas questões que faltam na Cidade. Falta iluminação pública - eu quero aqui fazer um apelo direto ao Secretário da SMOV, Ver. Maurício -, há pontos de luz apagados, e se o Vereador pede para fazer, não é benesse que V. Exª vai fazer colocando os pontos; é o que o povo precisa! Iluminação é segurança pública. Falo mais ao Secretário Maurício, que foi alardeado pela Prefeitura - apareceu a sua foto no jornal, Secretário -, sobre os passeios; e o Prefeito Fogaça foi colocado numa situação constrangedora, dias atrás, porque uma pessoa o atacou na rua para expor o seu drama - principalmente dos idosos, que não conseguem mais caminhar nas calçadas, porque elas estão detonadas. Vejam o Centro de Porto Alegre, a Rua Riachuelo, a Av. Borges de Medeiros, lugares onde caminhamos. Também devem ser multados aqueles que são avisados de que tem que mudar a calçada e que não a mudam, porque isso é de responsabilidade do proprietário. Vou mais longe: o Secretário Maurício não faz nenhum favor em atender um Vereador. Quando fomos lá para reivindicar - os Vereadores aqui da Zona Sul principalmente, Ver. Comassetto, Ver. Todeschini - os caminhos rurais, estamos falando não apenas de uma demanda, estamos falando de uma necessidade de 41 empreendedores que precisam ter as estradas da Zona Sul arrumadas. Vou mais longe, não fico apenas em cobranças da SMOV; quero fazer as cobranças da EPTC, mas vou cobrar do Prefeito Fogaça. Não falarei e não cobrarei mais do Secretário Senna, porque dele não adianta cobrar. Hoje vimos mais um escândalo - e eu queria louvar a intervenção do Ver. Luiz Braz, que é tucano, que é do PSDB -, e vi que 36 Vereadores têm a mesma opinião: a EPTC não existe, a EPTC debocha das pessoas de Porto Alegre, e o Prefeito Fogaça, que recolocou esse Secretário, é o responsável por isso. Eu disse, e volto a dizer, Ver. Todeschini, para o Prefeito Fogaça que ele tem responsabilidade, porque deixou esse Secretário incompetente, arrogante, que passa o tempo inteiro gastando o nosso dinheiro, o dinheiro do povo de Porto Alegre, para viajar, para dar palestra e não cumpre as suas funções de Secretário.

Eu agora cansei: com respeito a todas as coisas que vêm em relação à EPTC, eu tiro cópia, faço requerimento, mando entregar na Mesa do Prefeito Municipal, José Fogaça, porque com o Senna, com o Bisch e companhia limitada, recuso-me a falar; fui eleito pelo voto popular, tenho que ser respeitado e não ser debochado pela EPTC.

Eu fui ver Pedidos de Providências que eu fiz e que outros Vereadores da situação fizeram: sejam da Zona Sul, da Zona Norte, a resposta é sempre a mesma. É o que eu chamaria de cúmulo da picaretagem: é cópia uma da outra. Eles acham que somos idiotas, que não trabalhamos, que nós não dormimos. Eu quero ver mais outra coisa: e a imprensa? Onde está a imprensa de Porto Alegre? Ela não vê que não existe EPTC? Onde está a imprensa? Onde está a imprensa de Porto Alegre? Um Secretário relapso, um Secretário que já deveria ter sido despachado, que descumpre a lei sistematicamente como estão me assoprando aqui. Eu disse, falei pela oposição, elogiei quem tem que ser elogiado, mas nós não podemos aceitar que Secretários debochem da Câmara de Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Obrigado, Ver. Adeli Sell. Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1021/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 041/09, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que estabelece a obrigatoriedade do uso de crachá de identificação por funcionários ou prestadores de serviços terceirizados de casas noturnas, bares, salões de baile e restaurantes, revoga a Lei nº 8.562, de 18 de julho de 2000, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1465/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/09, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que altera o “caput” e revoga o § 1º do art. 7º da Lei Complementar nº 320, de 2 de maio de 1994 - que dispõe sobre a denominação de logradouros públicos e dá outras providências -, e alterações posteriores, estendendo a exigência de manifestação favorável da comunidade a toda denominação de logradouro público

 

PROC. Nº 1698/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 008/09, que altera a letra “b” do item Recrutamento da Classe Assessor para Assuntos Jurídicos do Anexo II da Lei nº 6.203, de 3 de outubro de 1988 – que estabelece o Plano Classificado de Cargos dos Funcionários do Departamento Municipal de Água e Esgotos – e demais alterações, alterando requisitos de recrutamento para os cargos da Classe de Assessor para Assuntos Jurídicos.

 

PROC. Nº 0868/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 004/09, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que altera a ementa e o “caput” do art. 1º, o “caput” do art. 2º, inclui §§ 4º, 5º e 6º nesse artigo, e revoga o § 1º do art. 1º e o art. 2º, todos da Lei Complementar nº 462, de 18 de janeiro de 2001, que dispõe sobre a construção de novas lojas de varejo de gêneros alimentícios (supermercados e hipermercados) em Porto Alegre, alterada pela Lei Complementar nº 523, de 2 de maio de 2005, estendendo a proibição de que trata essa Lei Complementar à área miscigenada compreendida entre a Avenida Severo Dullius, parte da Avenida dos Estados até a Rua Dona Teodora e a Autoestrada Marechal Osório (Freeway), bem como entre o prolongamento da Avenida Antônio de Carvalho e o Corredor de Produção, conforme definição da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro 1999, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre (PDDUA), em especial, em seu Anexo I.

 

PROC. Nº 1066/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 042/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que obriga os hospitais da rede pública e privada a informar os idosos sobre o direito de manterem acompanhante, enquanto estiverem internados ou em observação, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1217/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que cria o Programa Vovô Sabe Tudo. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 1355/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 048/09, de autoria do Ver. Marcello Chiodo, que institui, no Município de Porto Alegre, a Semana de Prevenção da Pediculose, a ser realizada anualmente, na segunda semana de março.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0855/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que obriga as instituições bancárias localizadas no Município de Porto Alegre a instalar bebedouros em suas agências e em seus postos de atendimento, para a utilização do público em geral, e dá outras providências.

PROC. Nº 0856/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que determina a instalação, nas áreas públicas destinadas ao lazer ou à recreação no Município de Porto Alegre, de, no mínimo, 1 (um) equipamento para lazer e recreação infantil adaptado a crianças com deficiência física ou mental e dá outras providências.

 

PROC. Nº 0914/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 035/09, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que obriga os condutores e os passageiros de motocicletas no Município de Porto Alegre a utilizarem capacete contendo estampa com os caracteres da placa desse veículo e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1020/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 006/09, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que inclui inc. XXVI no art. 70 da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, que institui e disciplina os tributos de competência do Município, e alterações posteriores, incluindo no rol de isentos do pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana os imóveis adquiridos por meio do Bônus-Moradia, nas condições que determina.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Tive o privilégio, Ver. Toni Proença, de ser o primeiro a falar na discussão de Pauta e voltar a esta tribuna, inclusive eu queria muito comentar um Projeto de Lei do meu colega de Bancada, Ver. Mauro Pinheiro, que trata da questão dos grandes empreendimentos em Porto Alegre - um tema da minha preferência. Eu gostaria que aquelas pessoas que se acham conhecedoras do mundo, que viajam, e quando chegam em Porto Alegre, acham que nós devemos aceitar megaempreendimentos dentro de bairros altamente populosos, onde há outros serviços, onde há moradias, etc. e tal, e colocar um Carrefour ou um Wal-Mart; vamos dar nomes aos bois! Em outras cidades civilizadas, Carrefour ou Wal-Mart e companhia limitada são colocados em vias expressas, longe do centro. Algumas cidades argentinas salvaram-se, não sucumbiram como outras cidades argentinas aos encantos do Carrefour. Uma das exceções é a cidade de Rosário, onde o Carrefour é fora, bem distante do centro da cidade, próximo ao aeroporto. E, quem não viajou, não precisa viajar; hoje em dia nós estamos conectados à Internet, é só pesquisar. Por isso, Ver. Mauro Pinheiro, aprovo as suas ideias sobre a questão dos grandes empreendimentos. Eu disse e repito aqui: o Carrefour e o Wal-Mart fazem mal a Porto Alegre. Eu defendo empreendimentos de qualquer natureza, não sou xenófobo, não tenho nenhum problema com a questão de alguma empresa estrangeira, desde que respeite, desde que não atropele, porque esta Cidade tem Lei, e esta Cidade não pode ficar sob pressão desses grandes empreendimentos. Para fazer o que fizeram na Av. Sertório, aquela esculhambação, e foi uma esculhambação maior ainda, porque a EPTC não existe, a EPTC não sabe que existe a Av. Sertório, e parece que não sabe que há dois empreendimentos, um do lado do outro, disputando feito malucos; e nós estamos vendo os mesmos problemas.

Aqui eu denuncio novamente o Wal-Mart. Eu falei antes, aqui, da questão das calçadas, quem detona as calçadas na Rua Riachuelo, na entrada do Shopping, são os caminhões hiper, super, megacarregados do Hipermercado Nacional, que é do Wal-Mart. Eu denuncio - e não me venham com pressão, porque nós temos voto popular, nós temos imunidade parlamentar para poder cobrar em nome do povo que não tem vez, não tem voz para falar contra os megaempreendimentos. Nós devemos incentivar, como eu incentivei quando fui Secretário - o Ver. Mauro sabe do incentivo - as redes de cooperação. Às vezes, as pessoas não sabem o que é uma rede de cooperação; acham, por exemplo, que a Ampa, a Unimax, a Unisuper talvez sejam uma rede, no sentido de um dono ou de ações no mercado. Não. São pequenos empreendedores, como o nosso colega Vereador, com um CNPJ diferenciado, com uma marca comum e com ações comuns de colaboração, porque a cada emprego que o Wal-Mart ou o Carrefour criam, eles terminam com quatro já existentes na região. Isso é comprovado, eu tenho os documentos aqui no meu gabinete; a quem tem dúvida, eu explico. O Ver. Besson sabe muito bem disso, porque ele lidou por muito tempo na área de alimentação, inclusive tem uma rede de confeitaria que se chama Deliarte, e nós estivemos juntos, lá na PUC, para apoiá-lo, quando ela foi criada.

É isso que nós temos que fazer, e esse programa terminou inclusive aqui na Prefeitura; espero que volte, estou apenas cobrando. No Estado, terminou, é uma lástima, porque funcionava e funcionava bem. Portanto, Ver. Mauro Pinheiro, eu aprovo o seu PLCL nº 004/09 sobre a questão da restrição aos megaempreendimentos em Porto Alegre, e que esta Cidade continue assim: cuidando bem de suas coisas. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Solicito ao Ver. Adeli Sell que reassuma os trabalhos.

 

(O Ver. Adeli Sell reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste pelo Canal 16, público das galerias, Ver. Adeli Sell, com certeza não poderia ser diferente o seu pensamento, e o conheci quando Secretário da SMIC ao construímos as redes de cooperação para Porto Alegre, rede associativa de minimercados - Ampa -, da qual tenho a honra de participar, e que foi fundada há época do Prefeito João Verle. Tal rede foi fundamental para os pequenos comércios e para outras redes associativas que foram implementadas no Governo do Estado e na Prefeitura de Porto Alegre. Infelizmente, hoje, tais redes deixaram de ter esse incentivo bastante importante para as categorias dos pequenos comércios, dos comércios locais de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.

O meu Projeto vem ao encontro da limitação dos grandes empreendimentos na cidade de Porto Alegre, já há um Projeto existente a partir de 2001, e depois em 2005, pela Lei Complementar nº 523, de 02 de maio de 2005, que estabelece que na cidade de Porto Alegre não poderiam ser construídas unidades de hipermercados com mais de 2.500 metros quadrados - que já é um tamanho considerável -, excetuando-se algumas avenidas, alguns locais da Cidade, alguns corredores. O que eu estou propondo neste novo Projeto é justamente corrigir essa falha que ficou de alguns locais, porque já foram construídos alguns hipermercados nessas regiões e, na minha opinião, nós chegamos a uma concentração bastante elevada de hipermercados na cidade de Porto Alegre. Na época até se podia construir mais alguns pelo fato de não haver nenhum nessas regiões. Agora, como já foram construídos vários outros hipermercados, chegando a um número bastante elevado, fica perigosa a concentração dos hipermercados na cidade de Porto Alegre. Por isso, este Projeto de Lei proíbe que se construam novos hipermercados na cidade de Porto Alegre.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, eu sei do envolvimento que V. Exª tem com os pequenos e médios comerciantes de Porto Alegre, como eu também tenho. É importante o Projeto que V. Exª apresenta nesta Casa; inclusive eu entrei com uma Emenda, uma sugestão ao Plano Diretor para que esses grandes empreendimentos passem por uma discussão nesta Câmara. E para que sejamos justos, Vereador, nós temos que citar aqui uma rede que não prejudica os pequenos, que é o supermercado Zaffari. Então, temos que isentar essa rede, que é totalmente nossa, é dinheiro nosso, é empreendimento nosso, é gaúcha. Não vemos ninguém reclamar aqui da rede Zaffari.

Agora, nós temos que preservar o pequeno e o médio comerciante das multinacionais. V. Exª traz esta discussão e nós temos que aprofundá-la, sim, porque os pequenos têm uma história na Cidade de Porto Alegre. São pessoas que deram o seu trabalho, que engrandeceram esta Cidade, e nós temos que preservar essa gente, sim, senhor! Então, é muito oportuno que V. Exª traga este assunto, para que possamos ampliar e aprofundar esta discussão. Sou grato a Vossa Excelência.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Muito obrigado, Ver. Ervino Besson. Sou sabedor da sua origem, que também veio do pequeno comércio, do ramo da panificação. É importante que vários Vereadores se somem para defender o nosso comércio local contra esses grandes empreendimentos. Não gosto de citar nomes, mas o Carrefour e a rede Wal-Mart, que são hipermercados predadores, quando se estabelecem numa cidade acabam prejudicando todo o comércio local, não só o pequeno comércio de supermercados, de mercados de bairros, padarias, mas todo o comércio local, pela forma agressiva com que eles trabalham com alguns produtos. Eu sempre vou defender o nosso comércio local, principalmente o pequeno comércio, de pessoas oriundas do Interior que, muitas vezes, não sabem fazer outra coisa senão depender do comércio. Nós sabemos que a entrada desses grandes hipermercados predadores na Cidade de Porto Alegre tem prejudicado, e muito, esse comércio local.

E algumas pessoas, Ver. Ervino Besson, me encontram na rua: “Ah, mas tu és contra o progresso que é bom para a sociedade”. Infelizmente, não é bom para a sociedade; as pessoas às vezes são enganadas por algumas ofertas oportunas que esses hipermercados fazem que acabam prejudicando não só o comércio local como, num futuro bem próximo, vamos ter uma grande concentração na mão de poucos, e aí a população vai ver como vai ser difícil comprar, pois eles buscam a concentração, os monopólios, oligopólios, a fusão; estes grandes hipermercados não se contentam com uma fatia, eles vão acabar comprando outras redes, vão crescendo, crescendo, terminando com o pequeno comércio local, e isso vai ser ruim para a população logo ali na frente. É uma visão de futuro preservar o comércio local; o comércio que tem a origem nas famílias que estão ali trabalhando de segunda a segunda, com dificuldades. É muito importante que a população veja e dê a importância necessária para esses pequenos comércios de bairro, não somente aos minimercados, mas a todos os comércios.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhores e senhoras que nos assistem, no conjunto dos Projetos que estão em Pauta hoje, há dois Projetos que quero destacar e fazer uma análise: o Projeto do Ver. Mauro Pinheiro e o do Ver. Nelcir Tessaro.

Vou iniciar pelo Projeto do Ver. Nelcir Tessaro, externalizando aqui algumas preocupações que temos recebido, inclusive para que o Ver. Tessaro possa analisar e trazer aqui para esta Casa um conjunto de informações. Falo isso, porque o Ver. Tessaro foi Secretário de Habitação na gestão passada, e nós aprovamos aqui nesta Casa uma Lei que definiu o bônus moradia, em que essas pessoas receberam 40 mil reais, cada uma, para comprar a sua casa. E o Ver. Tessaro está propondo agora a isenção do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, o IPTU, para esses imóveis. Mas creio que antes de nós estendermos mais um benefício para essa comunidade, nós temos que analisar - e isso é uma tarefa do Executivo, portanto, o Ver. Tessaro coordenou este Projeto - que muitas pessoas que receberam o Bolsa Moradia estão retornando a morar em lugares irregulares. Essas informações que temos recebido estão na contramão do Projeto que nós discutimos, aprovamos e emendamos. Trago aqui essa observação sobre este Projeto, e faço este alerta, porque o Bolsa Moradia não era para estender um recurso para que essas comunidades ou essas pessoas, que não tinham a residência oficial, utilizassem isso para fazer negócios, ou que ganhassem a casa, a vendam novamente e voltem para buscar outra casa. Então, trago aqui esta observação.

O segundo ponto, Ver. Mauro Pinheiro, a respeito da sua proposta para proteger pequenos, médios e até grandes - podemos dizer isso -, empreendimentos comerciais, supermercados, porque 2.500m é o tamanho do Zaffari; o Zaffari se estabelece com essas medidas hoje na Cidade. São bons e belos supermercados que têm uma relação de construção com a sociedade porto-alegrense e com a sociedade gaúcha.

Portanto, o debate que o senhor traz, é um debate que esta Casa já fez há alguns anos, inclusive o nosso querido João Motta, que foi Presidente aqui, construiu essa legislação junto com a Administração Tarso Genro, na época, para limitar o tamanho dos supermercados. Mas há um conjunto de válvulas nesta legislação que tem sido usado para instalar as grandes redes, principalmente para as redes internacionais, e tem ficado comprovado que elas ocasionam um conjunto de prejuízos à cadeia de comerciantes, pequenas e médias, instaladas na cidade de Porto Alegre.

Mas o seu Projeto, Ver. Mauro, traz também um outro debate, que está diretamente associado ao Plano Diretor. O Plano Diretor veio para esta Casa sem um estudo do Executivo e sem proposta do Executivo para que se regularize, para que se dê condições de regularizar um grande conjunto de entidades comerciais, empresariais, pequenos e médios supermercados que estão principalmente na periferia da Cidade, que são irregulares, porque estão em áreas irregulares, porque o Regime Urbanístico não permitem aquele tipo de atividade, mas que a vida é que determina a funcionalidade e a complexidade da Cidade. Como é que vai ter uma comunidade de duas mil, três mil pessoas, se não tiver um supermercado onde ela possa se abastecer?

Portanto, este é um tema que não está resolvido no Plano Diretor; é uma lacuna e é um estudo que deveria ter sido realizado pelo Executivo e não foi.

Portanto, é mais um alerta que trago aqui ao Ver. Mauro Pinheiro, cujo Projeto provoca essa discussão que nós venhamos aqui registrar que, então, nós não devemos mais expandir grandes redes de hipermercados, mas temos que fazer uma política de apoio e de regularização daqueles já existentes, daqueles já instalados. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell, demais Vereadores presentes: João Pancinha, Sofia Cavedon, Mauro Pinheiro, Toni Proença, Ver. Carlos Comassetto, tenho aqui uma proposição do DMAE que altera os critérios para recrutamento de Assessor Jurídico, mais especificamente no art. 1º: “Fica alterada a letra “b” do item Recrutamento da classe de Assessor para Assuntos Jurídicos, Anexo II, da Lei nº 6.203, de 03 de outubro de 1988, e demais alterações conforme o anexo desta Lei”.

Parece que a ideia é exigir, segundo o anexo, instrução formal, habilitação legal para o cargo da profissão de advogado, além de maior de idade, 18 anos, etc. e tal.

É importante que isso não passe despercebido, porque isso tem gerado muitos conflitos entre Procuradores e Assessores Jurídicos. Então, precisamos olhar com mais vagar do que trata realmente este Projeto, porque ele fala, depois, também, fora das explicações aqui, em codificações através de letras e outros elementos, a extensão de benefícios diversos para essas categorias. Eu falo isso com pesar, Verª Sofia, porque o Executivo Municipal tem usado do artifício dos assessores jurídicos com extensão das procuratórias, para arquitetar pareceres jurídicos que não são sustentáveis do ponto de vista da boa lei e da boa técnica. Eu estou falando isso, porque têm surgido inúmeros pareceres que são forçados através da extensão de procuratória para os assessores jurídicos. Esse é um tema que tem feito com que o Município tenha muitos prejuízos, porque muitos pareceres são alicerçados em cima de pareceres encomendados, coisa que não acontece quando os Procuradores o fazem, porque são estáveis, são de carreira e têm autoridade de cargo para exercer a função. E também tem que ser olhado com preocupação para essas questões: onde estão os bons Procuradores do Município de Porto Alegre, quais as funções que estão desempenhando, e por que a maior parte foi deslocada das funções originárias para funções secundárias dentro da Procuradoria do Município? Por que grande parte dos processos, Verª Sofia, Ver. Mauro, não passam pelo corpo técnico e pelas equipes da Procuradoria Jurídica e são encomendados pareceres nos gabinetes, longe da análise técnica apurada e devida da nossa Procuradoria?

Então, tem que ter cuidado; eu não sei se esse é o caso, mas é preciso examinar melhor. Mas o fato existente e real é este: muitos Procuradores não têm tido informações, acesso a processos importantes, principalmente aos da ordem urbanística e aos dos grandes contratos da Prefeitura. Muitas equipes de licitação também, diga-se, são compostas por CCs ou por pessoas escolhidas e não por pessoas com critérios independentes, profissionais e que tenham a devida isenção para análise e julgamento dos processos licitatórios. Isso, infelizmente, tem acontecido, e fico muito triste, porque, no DMAE, onde nós nunca tivemos interferência em equipes de licitação, agora elas são compostas apenas por pessoas escolhidas a dedo, preferencialmente por CCs puros, que têm a função de acompanhar esse processo que a gente sabe que é chave na Administração pública. Então, isso tem que ser visto com muita preocupação, e é esse o alerta que estou fazendo no momento. Obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Nada mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.                       

 

(Encerra-se a Sessão às 17h54min.)

 

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